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Como mostrou o Hypeness, a liberação de agrotóxicos na gestão Bolsonaro continua subindo. Enquanto o presidente está nos Estados Unidos ao lado de alguns ministros, entre eles a chefe da pasta da agricultura, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, em dois meses, a autorização de 86 novos agrotóxicos.
O sinal verde para os novos produtos consta na edição de 21 de fevereiro do Diário Oficial da União. São 29 agrotóxicos, sendo 13 classificados como extremamente tóxicos. A conta dá, em média, 1,6 novos produtos dia. Entre eles está um velho conhecido, o glifosato.
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A substância fabricada pela Monsanto é proibida na França pelo potencial cancerígeno classificado pela Organização Mundial da Saúde. A empresa comprada pela Bayer foi condenada nos Estados Unidos a pagar mais de 39 milhões de dólares de indenização para o jardineiro DeWayne Johnson, diagnosticado com câncer depois de utilizar o glifosato em uma escola onde trabalhava.
Tereza Cristina lidera avanço de agrotóxicos no Brasil
A curva ascendente impressiona. Entre 2010 e 2016, a quantidade de registros esteve abaixo dos 20 por ano. A mudança se deu em 2017 (com 47 registros) e 2018 (com 60). Em 60 dias, a gestão bolsonarista bateu todos os recordes com 86 autorizações.
“O Brasil é campeão mundial no uso de agrotóxicos. Por dois motivos: o primeiro é porque um grande país agroexportador. E o segundo é a permissividade. A quantidade de produtos que a gente permite que sejam usados”, afirmou ao R7 a professora Larissa Mies Bombardi, pesquisadora do laboratório de Geografia Agrária da USP.
No cenário atual, os agrotóxicos são utilizados em novas culturas. O Mancozebe, por exemplo, é voltado para arroz, banana, feijão, milho e tomate. O Piriproxifem, pensado para o cultivo de café, melancia, soja e melão. Ambos fazem parte dos extremamente tóxicos.
Agronegócio enxerga gestão Bolsonaro como oportunidade
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida emitiu nota de repúdio e em que critica a postura pró-agronegócio de Jair Bolsonaro. “Os agrotóxicos no Brasil já representam hoje um grave problema de saúde pública, e a inserção no mercado de mais produtos agravará ainda mais os perigos aos quais a população está submetida”.
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O ganho de campo do setor faz parte da política defendida pela ministra da Agricultura Tereza Cristina. A representante da bancada ruralista liderou uma comissão especial que proporcionou avanços importantes na instauração do chamado PL do Veneno (6299/2002), que visa facilitar a liberação de agrotóxicos no Brasil e esteve parada durante 16 anos na Câmara.
“Nós ganhamos a batalha, mas ainda temos uma guerra”, declarou Cristina à Folha de São Paulo. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara, passar pelo Senado para, finalmente, obter sanção presidencial.
O PL do Veneno gera protestos de ambientalistas
Chamada popularmente de ‘musa do veneno’, a ex-parlamentar do DEM do Mato Grosso do Sul recebeu doações de empresários ligados aos agrotóxicos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, até 24 de setembro de 2018, ela recebeu R$ 350 mil.
Entre os doadores está Ismael Pereira Júnior, presidente do Sindicato Rural de Jaboticabal e membro do conselho consultivo da Coplana – que comercializa agrotóxicos no interior de São Paulo. Ele empregou R$ 15 mil para a reeleição de Cristina.
“Todas as doações em minhas campanhas são devidamente registradas e constam nas prestações de contas ao final de cada pleito eleitoral”, declarou Tereza Cristina ao Repórter Brasil.
A assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura informou que os agrotóxicos não trazem riscos se usados da forma correta. “Desde que utilizado de acordo com as recomendações da bula, dentro das boas práticas agrícolas e com o equipamento de proteção individual, a utilização é completamente segura”.
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