Diversidade

Colamos no lançamento da primeira camisa exclusiva da seleção feminina de futebol

19 • 03 • 2019 às 12:05
Atualizada em 29 • 05 • 2019 às 09:58
Bárbara Fonseca
Bárbara Fonseca Cervejeira, feminista e torcedora de arquibancada, não perde a oportunidade de levar o protagonismo feminino para esses espaços. Cientista social, é de humanas, mas não tem medo de planilha. Recentemente, mergulhou de cabeça em sua paixão: assina as criações da Cervejaria Catimba e integra o coletivo cervejeiro feminista Sailorina.

Na última quinta-feira (14), a Nike convidou amantes do futebol ao Estádio do Pacaembu para uma apresentar a primeira camisa exclusiva da seleção feminina de futebol e aproveitou para mostrar que está com as mulheres para romper as barreiras do esporte da base até a elite.

Pensando em desenvolver o futebol feminino no Brasil, junto com a primeira treinadora da seleção Emily Lima, a marca apresentou o Nike Futebol Clube, uma plataforma que vai facilitar o encontro de mulheres da capital paulistana para treinar e jogar juntas. Os treinos acontecerão na quadra da Nike no Parque Ibirapuera com treinadoras profissionais e toda a estrutura necessária. E para emocionar qualquer amante de futebol, Emily revelou que a mulherada ainda vai jogar no estádio mais querido da capital. “Uma vez por mês o treino acontece no Pacaembu para 200 alunas. E o melhor de tudo é que vai ser de graça”, contou.

Como o investimento para um futuro melhor no futebol profissional feminino depende diretamente das atletas da base, a empresa anunciou também a Nike Premier Cup Feminina, um campeonato com 128 atletas sub-17 de oito times do Brasil que pretende revelar novas estrelas. A bola vai rolar no Centro de Treinamento do Corinthians entre os dias 6 e 12 de maio. A versão masculina do campeonato existe desde 1993 e já contou com grandes nomes do esporte.

Pela primeira vez na história (sim, em 2019), a seleção brasileira de futebol feminino ganhou o seu primeiro uniforme oficial e não usará mais o mesmo uniforme da seleção masculina.

A coleção foi pensada junto com as jogadoras para ser mais confortável e tecnológica. O principal pedido delas foi em relação ao caimento dos shorts, pois quando utilizavam o uniforme masculino, tinham que dobrar o elástico da cintura e sentiam-se desconfortáveis com o comprimento. Nas costas da gola a camisa ganhou a frase “Mulheres Guerreiras do Brasil”. A primeira camisa carrega o tradicional tom dourado e a segunda, azul, é inspirada em uma constelação de estrelas que representa todas as mulheres que lutaram e lutam pelo esporte.

(Foto Divulgação/Nike)

As camisas foram lançadas oficialmente na França na segunda-feira (11) e apresentadas no Brasil pela atacante da seleção Adriana Silva, eleita melhor jogadora do Brasileirão em 2018, pela Juju Gol, primeira menina federada no Brasil a jogar com meninos em competições oficiais aos 7 anos de idade e Luiza Fontes, campeã da Libertadores Sub-14  e atleta do Centro Olímpico. As jogadoras emocionaram as convidadas e incentivaram a prática do esporte, seja por prazer, ou como profissão.

(Foto Divulgação/Nike)

“Queria deixar o incentivo para vocês, meninas que sonham ser jogadoras de futebol. Não desistam. O caminho é longo, mas vocês não fazem ideia de como é prazeroso chegar a um clube de alto nível, como eu cheguei ao Corinthians, e ainda mais chegar em uma seleção brasileira. Sigam seus sonhos” foi o recado de Adriana.

Quem recebeu as convidadas foi a humorista Letícia Muniz, que também é idealizadora do projeto “Jogue como uma garota”. Martina Valle, diretora de Nike Women and Run, comanda as importantes iniciativas da marca com uma equipe de mulheres “superpoderosas”, como elas gostam de se chamar, buscando igualdade dentro do esporte, apoiando o futebol feminino desde 1996, e dentro da empresa também.

“Espero que no futuro não precisemos discutir se o futebol é masculino ou feminino, que as meninas ganhem muitas bolas ao invés de bonecas e que muitas meninas joguem futebol naturalmente”, disse Martina.

A Copa do Mundo de Futebol Feminino vai acontecer nos meses de junho e julho na França mas já começa a trazer incentivos que vão mudar a história do esporte no Brasil.

 

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