Diversidade

Ministro da Malásia afirma que não há homossexuais em sua população de 32 milhões

08 • 03 • 2019 às 10:15 Gabriela Glette
Gabriela Glette Uma jornalista e produtora de conteúdo que mora na França. Apaixonada por viagens e inquieta por natureza, ela encontrou no nomadismo digital o segredo de sua felicidade, e transforma a saudade que sente da família e amigos em combustível para escrever suas histórias. Gabriela também é fundadora do site Quokka Mag, onde fala apenas sobre coisas boas!

Sim, o ministro do turismo da Malásia – Datuk Mohammaddin Bin Ketapi, ao ser questionado se os turistas LGBT estariam seguros em seu país, deu uma resposta difícil de ser engolida em pleno 2019: “Homossexualidade? Acho que não temos tal coisa em nosso país. Seja seguro ou não, eu não posso responder”. Ele apenas esqueceu que, homossexualidade não é uma doença, mas sim uma opção e que, certamente, em um país com uma população de 32 milhões de pessoas, uma parcela é LGBT, quer ele queira ou não.

ministro malásia homossexualidade 1

A afirmação foi feita na ITB Berlin, uma das maiores feiras mundiais dedicadas ao turismo e foi condenada mundialmente, por políticos e ativistas. Esta não foi a primeira vez que políticos malaios fizeram afirmações polêmicas condenando a população LGBT. Em janeiro deste ano, o primeiro ministro – Mahathir Mohamad, disse que o seu governo não toleraria a homossexualidade, visto ser uma prática “ocidental” que não pode ser aceita no país.

ministro malásia homossexualidade 2

A homossexualidade é considerada ilegal na Malásia, um país cuja maioria da população é muçulmana. Lá, a homossexualidade é definida como uma “ofensa não natural” e a pena pode chegar a 20 anos de prisão e tortura, além de uma multa. Porém, ainda assim, a comunidade LGBT é bastante ativa, mesmo correndo risco de ser punida pelo governo. Após a polêmica, o ministério se pronunciou dizendo que, não fará nada para impedir os turistas com base em sua orientação sexual, religião ou crença cultural, mas que, no entanto, as leis devem ser seguidas, não apenas por estrangeiros, mas pelos próprios malaios.

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Foto 1: Astro Awani/YouTube

Foto 2: AP Photo/Mark Schiefelbein

Foto 3: Unsplash


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