Debate

NY investe R$ 3,8 bilhões para melhorar saúde mental de seus moradores

25 • 03 • 2019 às 18:43
Atualizada em 26 • 03 • 2019 às 11:02
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, vem enfrentando a questão da doença mental entre seus moradores de frente e de maneira contundente: um plano de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 3,8 bilhões) de investimentos para o tema. O projeto, intitulado ThriveNYC e formulado junto de sua esposa, Chirlane McCray, foi apresentado por McCray como um modelo nacional em diversas cidades do país. O plano entra em seu quarto ano como um dos feitos principais de Bill de Blasio, como um forte símbolo para sua possível candidatura à presidência do país em 2020.

O prefeito de NY lançando o projeto

São 15 agências de atendimento espalhadas e uma linha telefônica direta em 24 horas de atendimento. A maior dificuldade do projeto, porém, é a continuidade: enquanto somente no ano passado mais de 180 mil chamados foram direcionados à linha e às agências, somente 10% dos que procuraram ajuda deram continuidade aos tratamentos para além da crise. Segundo as autoridades, se o reconhecimento do resultado ainda é difícil de ser estabelecido – em parte por se tratar de um sistema novo e inédito – e se a demora nos atendimentos e na aplicação dos investimentos vem sendo motivo de crítica também ao ThriveNYC, a estrutura para tal ajuda ao menos já está construída.

A primeira-dama Chirlane McCray, em campanha pelo projeto

O projeto também é posto como uma força-tarefa para justamente derrubar o estigma ao redor dos problemas de saúde mental, e incentivar a população a procurar ajuda. Segundo dados, 60% das pessoas que telefonam para o projeto sentem-se melhor após a ligação. Um assistente social e um psiquiatra podem ser enviados à residência, e o projeto também oferece ensino de primeiros-socorros para crises de saúde mental.

Uma atendente do ThriveNYC

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© fotos: divulgação


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