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Enquanto no Brasil vemos os horrores da ditadura militar se tornarem tema de celebração oficial por parte do governo federal, no Uruguai o presidente Tabaré Vázquez decidiu por destituir membros do alto escalão do exército e do governo do país por conta de crimes cometidos e confessados durante a ditadura uruguaia. Foram destituídos de seus cargos o então ministro da defesa, Jorge Menéndez, junto de seu vice-ministro e três generais, incluindo José González, que havia sido nomeado chefe do exército há quinze dias.
O presidente Tabaré Vázquez
As denuncias surgiram pelas mãos do jornalista Leonardo Haberkon, que teve acesso a atas de um tribunal militar. O documento revela a confissão do coronel Jorge Silveira admitindo o assassinato de María Claudia Gárcia, nora do poeta Juan Gelman, quando estava grávida em 1976 – o bebê foi posto para adoção pela ditadura. Outra revelação foi feita também em depoimento pelo tenente-coronel José Nino Gavazzo, que admitiu ter jogado o guerrilheiro tupamaro Roberto Gomensoro no Rio Negro em 1973, e que mentiu sobre o caso à justiça civil. “Eu o coloquei no veículo, eu dirigi o veículo, eu o levei ao local, o desci, o coloquei em um bote, o tirei do bote. Eu sozinho”, disse Gavazzo.
María Claudia Gárcia, assassinada grávida pela ditadura uruguaia
Além dos crimes propriamente, a questão também reside no fato de que o tribunal militar, realizado no ano passado e composto por sete generais, considerou que tais revelações não eram “afrontas à honra” dos militares acusados. Assim como acontece na maioria dos países que passaram por períodos de ditadura militar, há no Uruguai um pacto de silêncio entre os envolvidos, que torna os esclarecimentos especialmente difíceis. A promotoria uruguaia abriu uma investigação sobre o que aconteceu nos tribunais militares, que deveriam ter comunicado os crimes a instâncias superiores.
O ex-ministro da defesa Jorge Menéndez
A ditadura militar no Uruguai se deu ao longo de 12 anos, entre 1973 e 1985. Assim como na maioria dos casos de ditaduras militares na América Latina e no resto do mundo, o período foi marcado por incontáveis violações às leis do país pelo regime, assim como violações aos direitos humanos, torturas, desaparecimentos de pessoas e assassinatos pelas mãos de agentes do estado. Os números oficiais afirmam que 180 pessoas foram mortas durante o período, mas diversos estudos apontam para estáticas muito mais drásticas sobre as vítimas da ditadura uruguaia.
O general destituído José González batendo continência para o presidente Tabaré Vázquez
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