A Universidade Federal do Rio de Janeiro acaba de anunciar a descoberta de um vírus capaz de provocar doenças com sintomas como fortes dores nas articulações.
O ‘primo’ do chicungunha pode, segundo testes de laboratório, ser transmitido pelo Aedes ou pelo pernilongo comum, chamado pelos cientistas de Culex. O mayaro está no radar dos pesquisadores desde 2015.
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O vírus silvestre tem condições de causar uma epidemia e se estabelecer em grandes centros do Sudeste, por exemplo. Em conversa com o jornal O Globo, Rodrigo Brindeiro, um dos autores responsáveis pela descoberta, diz que o vírus está entre nós.

Classificada como espaço de ‘balbúrdia’, universidade descobre vírus perigoso
“O sofrimento dos pacientes e o tratamento são os mesmos. O que muda é a dificuldade de controlar epidemias, com mais um vírus em circulação”, alerta.
O pesquisador afirma que o mayaro está no Rio de Janeiro desde 2016 e são três casos de pessoas infectadas. Detalhe, nenhum deles esteve na Amazônia. O trio vive em Niterói e teve o diagnóstico graças a um estudo molecular.
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O coordenador da Rede Zika, também ligada à UFRJ, sacramenta de que de cada cem pessoas com chicungunha, dez possuem febre do mayaro.
Agora, os cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro trabalham para descobrir de onde o vírus veio. Eles realizam análises de genômica e sorologia. Há ainda a possibilidade que o mayaro tenha sido trazido do Centro-Oeste ou do Haiti – este que passou por uma epidemia recente. A falta de recursos preocupa os envolvidos no processo. Os cientistas pretendem analisar pelo menos 400 amostras em 2019.
A descoberta vem dias depois do ministro da Educação anunciar corte de mais de 24% na verba destinada para universidades e institutos federais de ensino. Segundo Abraham Weintraub, algumas universidades brasileiras apenas promovem ‘balbúrdia’.
“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Nos EUA, Jair Bolsonaro chamou manifestantes que foram às ruas contra cortes de ‘idiotas úteis’ e ‘imbecis’.