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Se o momento atual é de retrocesso, vale lembrar que em certas áreas o Brasil já foi ainda mais obscurantista e retrógrado a um ponto quase caricato, não fosse a mais pura verdade. É o caso da história do futebol feminino no país – que até pouco tempo era tratado com desinteresse, em tom de deboche ou como fetiche erótico, mas que, em um passado incrivelmente recente, chegou a ter sua prática proibida no país. “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”, dizia o decreto-lei 3.199, art. 54, de 14 de abril de 1941, que desde seu decreto até 1979, proibiu oficialmente que mulheres simplesmente jogassem futebol por aqui.
Notícia, em jornal da época, da proibição
É claro, no entanto, que uma lei absurda como essa não impediu de fato que as mulheres jogassem bola em solo brasileiro – e é essa história inédita, das corajosas pioneiras do futebol feminino, que enfrentaram o obscurantismo e a perseguição oficial para simplesmente praticarem um esporte, que a plataforma Google Arts & Culture, em parceria com o Museu do Futebol, quer contar. As histórias e os personagens que viveram tal período serão reunidas no Museu do Impedimento, experiência digital colaborativa que pela primeira vez registra e retrata essa história de machismo, autoritarismo e obscurantismo contra o futebol feminino – vale lembrar que leis similares existiram em países como França e Alemanha.
Lea Campos, a primeira árbitra do mundo
Uma equipe de especialistas do Museu do Futebol irá fazer a seleção do material que será enviado para a plataforma pelos usuários – qualquer pessoa poderá fazer um upload de vídeos, áudios, fotos, documentos e depoimentos sobre o futebol feminino e sua história. O site será lançado em branco, e irá aos poucos sendo preenchido por essas histórias – como de Léa Campos, a primeira árbitra do mundo, presa 15 vezes durante os anos de proibição, e Mariléia “Michael Jackson” dos Santos, artilheira histórica do futebol brasileiro.
O time do Araguari Atlético Clube, pioneiro do futebol feminino no Brasil, em 1958
“Queremos dar visibilidade à importância de recuperar a história do futebol feminino no Brasil e garantir que um público mais amplo tenha a oportunidade única de conhecer as histórias dessas mulheres pioneiras que continuaram jogando bola mesmo nos anos de proibição e abriram as portas para as novas gerações”, afirma Lauren Pachaly, diretora de marketing do Google Brasil. É fundamental, portanto, contar essa história – como parte não só da história do futebol, mas do próprio país.
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