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As declarações de Jair Bolsonaro que abrem interpretação para o incentivo do turismo sexual no país remetem à época da ditadura.
Em 1966, os militares criaram a Empresa Brasileira de Turismo, a Embratur. O órgão era responsável pela promoção de atrações turísticas do país no cenário mundial.
Para isso, uma das principais estratégias da empresa era incentivar o turismo sexual. O objetivo era claro e estampado por todo o material publicitário, que, até 1985, trazia mulheres com pouca roupa como um convite para estrangeiros conhecerem o Brasil. Com o fim do regime ditatorial, profissionais das Ciências Humanas assumiram a Embratur e constataram o resultado negativo dessas campanhas sobre a imagem da mulher brasileira no exterior.
De lá para cá, as propagandas turísticas do país são voltadas para as belezas históricas e naturais, em uma tentativa de desfazer o incentivo ao turismo sexual.
No fim do mês passado, porém, o presidente Jair Bolsonaro, em discurso homofóbico, afirmou que o Brasil não pode ser destino do “turismo gay” e que “quem quiser vir fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, (o país) não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro”.
Por anos, a mulher brasileira foi usada como atração turística
Mais uma vez, portanto, a mulher brasileira foi tratada como objeto para impulsionar o crescimento do número de visitas estrangeiras ao país, erro que da última vez levou décadas para ser desfeito.
A declaração foi entendida como uma violação à honra, imagem e dignidade de mulheres e da população LGBTQ, de acordo com nota de repúdio assinada por mais de 125 entidades, entre elas, o Coletivo Transforma MP, o MPT Mulheres, que reúne integrantes do Ministério Público do Trabalho, a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo e a Associação dos Juízes para a Democracia (ADJ), e muitas outras.
Esse tipo de campanha acabou com a saída dos militares do poder
O repúdio também partiu de seis estados brasileiros – Bahia, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Espírito Santo –, que trataram de lançar campanhas de conscientização contra o turismo sexual.
Centenas de entidades pelos direitos das mulheres criaram, também, uma petição online para que a população possa se expressar contra a declaração do presidente.
A fala ocorre em um país em que, segundo reportagem da RBA, entre 2012 e 2016, as denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes chegou a registrar quatro casos por hora, em um total de 175 mil ocorrências colhidas pelo Disque 100, canal para relatar casos de violação de direitos humanos.
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