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Nesta oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino estamos vendo uma movimentação linda de torcedoras todos os cantos. Além de bares e espaços culturais lotados de mulheres reunidas para assistir aos jogos, temos empresas liberando funcionários nos horários das partidas, grande imprensa cobrindo as reações do público e muitos canais de mulheres acompanhando a Copa. Chega escorre uma lágrima de alegria!
O campeonato está rolando pela segunda vez na França, mas aqui no Brasil a torcida não deixa por menos e mostra apoio às nossas atletas em todas as partidas. Parece que pela primeira vez o futebol feminino tem a merecida atenção, depois de anos de dificuldades.
Peguei nossa maravilhosa lista de lugares para ver os jogos e escolhi o Museu do Futebol para acompanhar a partida entre Brasil e Itália. Munida da camiseta Puta Peita, entrei pela primeira vez no Museu do Futebol. Logo na entrada, a exposição “Contra-ataque” conta a história do futebol feminino desde os tempos em que os assentos dos circos viraram arquibancadas – clique ali para ler a matéria completa.
A recepção no dia do jogo contra as italianas não podia ser melhor: um grupo de torcedoras universitárias entrou no museu tocando tambores e cantando uma música de apoio à nossa seleção. Usando como base a icônica “Maria, Maria”, composição de Milton Nascimento e Fernando Brant eternizada pela voz de Elis Regina, elas entraram mandando ver no som.
“Meninas, meninas
Vocês são nossa seleção
Uma força que nos carrega
Mulheres merecem viver e jogar
Como qualquer atleta do planeta
Meninas, vocês são o som, são a cor, o suor
Nosso time que tudo enfrenta
Vamos pra cima mostrar
Pra esse povo tão lindo
Que as minas consegue e aguenta
Mas é preciso ter força,
É preciso ter raça,
É preciso ter gana sempre!
Vamo Brasil, bora lá
A vitória buscar
E encher o estádio de alegria!”
Chegamos finalmente ao salão reservado para a exibição dos jogos. Uma arquibancada cheia, com maioria feminina, já estava animada para a partida, olhando fixamente para o telão gigante. Ali também estavam equipes de grandes veículos de imprensa para cobrir a transmissão.
“Estou no futebol feminino desde 2004 e naquela época não tinha nada de cobertura da imprensa. Ver hoje a Copa passando nas emissoras para mim é maravilhoso, uma grande evolução”, disse a jogadora do Corinthians, Cacau Fernandes. “Isso também abre portas para meninas que vão ter um futuro diferente do que a gente viveu, que foi de tanta luta para poder jogar”, completou a ex-jogadora Gabi Kivitz.
A dupla se conheceu já no futebol e, em 2011, quando jogavam juntas no Centro Olímpico compuseram uma música que se tornou o hino desta Copa para a torcida brasileira. “A gente sempre fazia um pagodinho no busão indo para os jogos”, conta Gabi. Cacau chegou com o refrão e falou que queria fazer uma homenagem para o futebol feminino, daí Gabi entrou com algumas estrofes e um rap no final. Confira:
Nosso time já em campo mostrava que não estava intimidado pelo potente adversário. Mais que isso, Marta abriu o placar com gol de pênalti logo no primeiro tempo. Mas esse não foi um gol qualquer, foi um marco na história da atleta e do campeonato. Com ele, Marta soma 17 gols em Copas do Mundo e ultrapassa o alemão Klose. Assim, ela se torna a maior artilheira em toda a história do campeonato – feminino AND masculino, tá meus anjos.
Em uma partida emocionante, as meninas vibraram com vozes e tambores em todas as bolas na trave, passes e ataques da nossa seleção. Agora partimos para o próximo desafio, que será França ou Alemanha, dependendo dos resultados dos próximos jogos. Em qualquer caso, no fim de semana já pode marcar o churrasco, o barzinho ou uma ida ao Museu do Futebol. É hora de torcer pelas nossas meninas!
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