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A importância da foto azul de Marquezine e Bündchen no Instagram

02 • 07 • 2019 às 15:06
Atualizada em 29 • 07 • 2019 às 11:55
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Os mais atentos já notaram que os avatares de figuras públicas como Bruna Marquezine, Gisele Bündchen, Naomi Campbell e Trevor Noah, ostentam uma imagem azul. 

Mais que uma corrente de solidariedade, o símbolo chama a atenção do resto do mundo para a crise humanitária vivida pelo Sudão. O país africano localizado no litoral do Mar Vermelho atravessa cenário de violência sem precedentes, inclusive com registros de centenas de pessoas executadas pela junta militar. 

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Há dados de mais de 500 mulheres sudanesas vítimas de algum tipo de violência sexual. A crise teve início em 2018, quando o presidente, que dizer, ditador Omar al-Bashir, no poder há mais de 30 anos, sugeriu a aplicação de medidas de austeridade para salvar a economia do país. 

A crise do Sudão chama a atenção de ativistas e personalidades

O reflexo no fornecimento de alimentos e combustíveis provocou o início de manifestações exigindo a saída do mandatário. Bashir acabou deposto pelos militares, que embora tenham instaurado um conselho para negociar com os manifestantes, insistiram na violência. 

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Em 3 de junho, o exército sudanês executou dezenas de pessoas em um genocídio simbolizado pela morte de Mohammed Mattar. O estudante morreu tentando proteger duas mulheres em uma sede militar. Se tornou um ícone de resistência. 

#BlueForSudan

A trajetória de Mohammed provocou na criação da hashtag #BlueForSudan (Azul pelo Sudão). 

“Para entender o que acontece no Sudão, é preciso voltar 30 anos, quando o país ganhou algo que acaba com a liberdade: um ditador”, disse Trevor Noah. 

Além da segurança pessoal ameaçada, defensores de um regime democrático justo tiveram o acesso à internet cortado. Eles temem que a comissão de militares do exército aproveite o rompimento para tomar o poder e iniciar outra ditadura.

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O Sudão vive um regime ditatorial de 30 anos

Por isso, insistem em um período de transição de três anos para, segundo eles, garantir a realização de eleições transparentes. Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf, ministro da Defesa, informou que um conselho militar, que está no comando do país, estabeleceu prazo de dois anos. 

A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca que cerca de 300 mil pessoas foram mortas desde 2003 em Darfur. Auf informa que o ditador está preso na residência presidencial em Cartum. 

Maior país do continente africano e com população de 41 milhões de pessoas, o Sudão é uma das 25 nações mais pobres do mundo. 

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Fotos: foto 1: Reprodução/foto 2: Getty Images


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