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O presidente flertou com a censura ao tentar tomar para si o controle da Ancine. A ação contou com críticas ao filme ‘Bruna Surfistinha’, chamado pelo político de ‘pornô’ e quase provocou a extinção da Agência Nacional do Cinema.
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A mesma Ancine acaba de liberar mais de R$ 500 mil para a produção de um filme sobre Jair Bolsonaro. O conservador ‘Nem Tudo se Desfaz’ se apresenta como um “documentário ensaístico sobre os desdobramentos culturais e políticos das Jornadas de Junho de 2013”.
Em flerte com censura, Bolsonaro ignora sucesso do cinema brasileiro
A produção aponta para a “revolução conservadora”, ainda de acordo com os idealizadores, responsável pela eleição de Bolsonaro. O documentário é dirigido por Josia Teófilo, mesmo diretor de ‘O Jardim das Aflições’, obra que narra a vida e trajetória do filósofo e astrólogo Olavo de Carvalho, guru da presidência.
Nas redes sociais, ‘Nem Tudo se Desfaz’ foi amplamente divulgado por Eduardo Bolsonaro e o próprio Olavo.
Com o velho pretexto de ‘proteger a família’, o presidente mantém conversas para centralizar a Ancine em Brasília. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o governo federal pretende deslocar para a capital federal o Fundo Setorial Audiovisual (FSA), que possui orçamento de R$ 724 milhões para 2019.
Assim, a Agência Nacional do Cinema deixa de fazer a curadoria das produções e se torna uma espécie de reguladora. Trocando em miúdos, mais interferência do Estado.
“Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir em respeito às famílias. É uma coisa que mudou com a chegada do governo”, declarou Bolsonaro depois de reunião com Osmar Terra, ministro da Cidadania.
A medida do governo é encarada como tentativa de censura e provoca medo em militantes do cinema nacional, sobretudo pelo bom momento vivido pela categoria.
Somos apaixonados por cinema.
Por isso, coproduzimos mais de 300 filmes nos últimos 10 anos. Comédias, romances, cinebiografias, suspenses, dramas, documentários que refletem a diversidade cultural do Brasil. pic.twitter.com/CQtGK5veuu— Canal Brasil (@canalbrasil) July 22, 2019
Em defesa da Ancine, o Canal Brasil destacou o sucesso da produção cinematográfica brasileira no exterior.
“O Brasil é enorme e cada pessoa tem o direito de escolher o que assistir. Por isso, a importância de preservarmos a pluralidade do nosso cinema, que não deve jamais ser limitada. Como disse o poeta Ferreira Gullar, ‘a arte existe porque a vida não basta’”.
Em 2019, filmes brasileiros foram premiados em festivais importantes como ‘Cannes’ na França, ‘Sundance’, dos Estados Unidos e na ‘Berlinale’, na Alemanha.
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Em 2019, cinema nacional teve destaque internacional
A fixação do presidente com a cultura pode custar empregos em um país com 13 milhões de pessoas sem trabalho, além de afetar atividade que movimenta R$ 25 bilhões ano.
No entanto, para extinguir a Ancine, Bolsonaro precisa de apoio no Congresso, já que a Agência Nacional e o Conselho Superior de Cinema foram criados em 2011 por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por meio de Medida Provisória para, em seguida, ser regulamentada por lei.
Os movimentos iniciais de Bolsonaro levaram o Conselho de Superior de Cinema para a Casa Civil. São apenas três membros de fora do governo. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, é o novo presidente.
Integram o conselho Sergio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Abraham Weintraub (Educação), Osmar Terra (Cidadania), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Luiz Eduardo Ramos (secretaria do Governo).
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