Debate

Deputados rejeitam retirar professores de reforma da Previdência

11 • 07 • 2019 às 11:19
Atualizada em 11 • 07 • 2019 às 11:29
Redação Hypeness
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Depois da aprovação em primeiro turno do texto-base da reforma da Previdência  (PEC 6/19) – por 379 votos a 131 – deputados federais rejeitaram modificar regras previstas para professores do ensino fundamental, médio e superior. 

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A proposta apresentada pelo deputado Wellington Rodrigo (PL-PB) obteve 265 votos favoráveis, mas eram necessários 308. Rodrigo Maia, que fez discurso emocionado minutos antes, encerrou e remarcou a sessão para às 9h de quinta-feira (11). 

A sessão deve ser reiniciada na manhã de quinta (11)

Com isso, o futuro dos professores segue de acordo com o texto aprovado na comissão especial. Ou seja, mulheres podem se aposentar com 57 anos de idade e 25 de contribuição. Já educadores do sexo masculino, com 60 anos e 25 de contribuição. Os que lecionam na rede pública seguem a mesma regra, com uma ressalva, a exigência de pelo menos 10 anos de serviço público e 5 no cargo. 

A proposta do PL prevê que professores da rede pública se aposentem com 55 anos de idade e 30 de contribuição. Já as mulheres, 50 anos e 25 de contribuição. 

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Nas redes sociais, Ricardo Molon (Rede-RJ) acusou Rodrigo Maia de “evitar que vencêssemos”. Segundo o deputado federal, “faltavam 58 deputados para votar. Precisávamos de 43 votos para aprovar a mudança no texto que daria aposentadoria mais justa aos professores”, completou. 

Maia justificou

Ainda na noite de ontem, o presidente da Câmara culpou a desorganização das bancadas para encerrar a votação. 

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“O plenário não tem informação de quais destaques estão votando. Como o mérito demorou muito para votar, desorganizou e desmobilizou os líderes, então as pessoas não estão entendendo direito o que significa, qual o impacto desse primeiro destaque, muito menos você vê dos outros”, declarou ao G1. 

Maia citou desorganização do governo para encerrar sessão

Maia citou ainda falta de articulação do governo, “tinham deputados que estavam falando que votariam de um jeito, mas o impacto seria de outro jeito. Então votariam contra. Então o problema é que as pessoas estavam mal orientadas sobre o mérito da matéria”

A votação foi prejudicada também pela queda no número deputados em plenário depois da aprovação do texto-base. Alguns foram vistos assistindo uma partida de futebol na TV. 510 parlamentares estiveram no trecho principal da sessão e 450 na análise dos destaques, incluindo a situação dos professores. 

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Fotos: foto 1: Agência Brasil/foto 2: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


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