O calor extremo que atinge a Europa e o desmatamento recorde na Amazônia podem agravar um fato preocupante: A Terra chegou ao esgotamento de recursos naturais mais cedo desde o início da série histórica em 1970.
A última semana de julho começa com a humanidade no ‘cheque especial’ no que diz respeito ao uso de recursos naturais. Trocando em miúdos, o nosso planeta vai precisar utilizar mais do que pode repor.
Para conseguir dar conta do consumo elevado de extração de petróleo, consumo de animais e plantio de alimentos, por exemplo, seria necessário mais do que um planeta Terra e meio.

Recorde histórico: Planeta está no vermelho
Os dados revelados na segunda-feira (29) são do Global Footprint Network – organização internacional de meio ambiente.
“Sublinhar que não podemos usar 1,75 Terras por muito tempo quando só temos uma é simplesmente reconhecer o contexto da existência humana”, declarou Mathis Wackernagel, coinventor da Pegada Ecológica e fundador da Global Footprint Network.
A maior vilã é a emissão de carbono, que responde por 60% da pegada ecológica da humanidade. Visite o site http://footprintcalculator.org/ para mais detalhes.
Más notícias
Um dia antes da Terra pedir socorro, o The New York Times publicou reportagem de capa sobre o desmatamento crescente na Amazônia brasileira. O jornal norte-americano cita afrouxamento de leis de proteção ambiental, responsáveis pelo decréscimo de 20% na aplicação de multas pelo Ibama.
– ‘(Re)conhecendo a Amazônia Negra’, projeto fotográfico exalta negritude de pulmão verde do planeta
Intitulada ‘Destruição da Floresta Amazônica Acelera’, a reportagem do New York Times revela pressões do setor madeireiro, pecuária e de mineração. Em sete meses de gestão bolsonarista, o desmatamento aumentou 39% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho, o aumento foi de 80%.
Jair Bolsonaro, em encontro com jornalistas estrangeiros, classificou como “psicose ambientalista” a preocupação com a Floresta Amazônica.