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Misoginia e machismo no caso de um homem preso por torturar a ex-namorada, fazê-la comer fezes e agredi-la por quase cinco horas. O episódio horrendo aconteceu em Belém. Márcio Cruz da Conceição, de 19 anos, ainda gravou áudios e vídeos pelo celular e os enviou para familiares da jovem.
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O agressor ainda fez a ex-companheira ingerir fezes animais
O mandado de prisão contra o rapaz foi cumprido pela Polícia Civil no distrito de Icoaraci, em Belém. O Ministério Público do Pará, que pediu a prisão do acusado, diz que a jovem foi obrigada a comer fezes animais, teve o cabelo raspado com uma navalha e apresenta cortes no couro cabeludo e rosto.
Márcio planejou toda a situação, revela a vítima em depoimento. Ela conta que foi convidada para almoçar na casa dele e, chegando lá, surpreendida com a atitude do rapaz. Assim como acontece em muitos casos, o acusado estava inconformado com o término do namoro e se sentiu no direito de abusar e torturar a ex-companheira.
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Cruz usou até uma barra de ferro contra a mulher. Impiedoso, ele fez um corte na testa da garota na forma de ‘M’, inicial do seu nome e disse o seguinte em áudio: “eu só não te matei mesmo, vagabunda, porque tua vida vale menos que merda e minha liberdade, sua rata”.
Márcio Cruz está sob custódia da polícia e passou pelo Centro de Triagem Metropolitana II (CTM II), da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Misoginia é palavra derivada do grego e significa ódio à mulher. Isso se dá de diferentes formas, como na violência praticada pelo homem de 19 anos no Pará, ou por meio de palavras.
Jair Bolsonaro, por exemplo, foi condenado por dizer à deputada federal Maria do Rosário (PT) que “ela não merecia ser estuprada”. Nos Estados Unidos, Donald Trump declarou que como Hillary Clinton “não conseguiu ‘satisfazer’ o marido, não poderia cumprir exigências de uma presidência do país”.
Trump e Bolsonaro se caracterizam por discurso misógino
O ódio misógino às mulheres atinge, sobretudo, grupos que conquistam espaços de poder dominados por homens. Alexandria Ocasio-Cortes, que bateu Joe Crowley em eleição histórica nos EUA, foi alvo de ataques do tipo. Imagens falsas de sua intimidade e momentos de descontração foram usados para desqualificá-la.
O machismo é outro agravante. Como se sabe, o feminicídio é uma realidade preocupante no Brasil.
“O fato de uma sociedade acreditar que só homens têm pênis e mulheres têm vagina, essa cisgeneridade, cria uma distância entre a leitura potencial de obras de autoria trans, principalmente no Brasil, um país ainda colônia de um machismo histórico que inferioriza o ser feminino, seja cisgênero ou transgênero. Nosso teto de vidro é não sermos quem sempre esteve no poder histórico da dita masculinidade”, declarou à Gaúcha a escritora e filósofa Atena Beauvoir.
O Globo mostrou que mais de 220 casos de feminicídio aconteceram no Brasil em 2019. O levantamento é de Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP).
Em 2017, revelou a Organização das Nações Unidas (ONU), de cada 10 feminicídios cometidos em 23 países da América Latina e Caribe em 2017, quatro aconteceram no Brasil. Trocando em miúdos, das 2.795 mulheres assassinadas, 1.133 perderam a vida em solo brasileiro.
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