Diversidade

Nova lei proíbe desigualdade salarial entre homens e mulheres no estado de NY

15 • 07 • 2019 às 10:41 Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Durante a celebração pelo recente quarto título mundial da seleção dos EUA de futebol feminino, a torcida que lotou o estádio na França gritou para todo mundo ouvir: pagamentos iguais. O canto evidentemente se referia aos diversos protestos e campanhas realizadas pelas jogadoras dos EUA, exigindo o fim da desigualdade salarial – especialmente, no caso da seleção norte-americana, muito mais vitoriosa e de ponta do que os homens. Aparentemente o governador do estado de Nova York ouviu o canto da torcida e os pedidos das jogadoras – e promulgou uma nova lei.

Alex Morgan e Megan Rapinoe, comemorando um gol na final da Copa

A lei estabelecida pelo democrata Andrew Cuomo durante a celebração pelo título na última quarta-feira proíbe desigualdade salarial entre homens e mulheres ocupando a mesma função.

A mesma lei também impede que, durante processos de seleção ou entrevistas de emprego, as empresas perguntem sobre históricos salariais e valores anteriores aos candidatos ao eventual cargo. No último mês de março as jogadoras da seleção dos EUA processaram a Federação Americana por discriminação de gênero, tendo como ponto fundamental do processo o salário recebido, menor do que o dos homens.

O governador Andrew Cuomo promulgando a lei

“A equipe feminina de futebol joga o mesmo jogo que os jogadores de futebol masculino jogam — só que melhor. Se fosse para haver alguma diferença, os homens deveriam receber menos”, afirmou o governador, durante o desfile em homenagem à seleção feminina, na promulgação da lei. “Nova York vai continuar liderando o caminho e se colocando ao lado das mulheres e meninas em todas as partes do estado”, disse o democrata. A lei é parte da Agenda de Justiça para as Mulheres 2019, um programa de medidas e leis visando combater a desigualdade e outros crimes contra as mulheres.

As jogadoras da seleção celebrando o título

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