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Sim, apenas no século 21 o Brasil tem sua primeira reitora negra em uma universidade federal. Joana Guimarães Luz, de 61 anos, comanda a reitoria da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Itabuna. Diz muito sobre a estrutura racista, não?
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Joana adota a diversidade como arma contra o racismo brasileiro
“Sei da força da representatividade que exerço estando onde estou. A maioria dos reitores no país são homens brancos. Temos 63 universidades federais e somente 19 mulheres no comando delas. Quando falamos de negras, o cenário é pior. Eu sou a única em atividade”, disse à Marie Claire.
Nascida em Itajuípe, cidade com 21 mil habitantes na Bahia, Joana está à frente da UFSB desde o final de 2017. Espelho para uma imensidão de mulheres e homens negros Brasil afora, ela crê na universidade como espaço de diversidade – ferramenta indispensável para o desenvolvimento social.
A reitora cursou até o terceiro ano de filosofia e depois entrou de cabeça na geologia, concluída na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Acumula ainda mestrado, doutorado e pós-doutorado. Ambos cursados nos Estados Unidos.
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Joana participou também da Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (2011-2013), onde exerceu o cargo de Vice-Reitora de 2013 até a eleição.
A presença do olhar de uma mulher negra contribui para a abertura de portas. Em um país racista como o Brasil, é preciso que pessoas não negras ocupem espaços de poder para que as estruturas sejam modificadas.
Os matriculados na Universidade Federal do Sul da Bahia sentem na prática. São 75% de vagas reservadas para alunos de escolas públicas. Os negros são contemplados com 50% de cotas.
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“Outra medida foram as cotas para alunos transgêneros, ciganos e indígenas, por exemplo. Essas são cotas que não entram nos 75%, porque são como vagas extras destinadas a essas populações. A universidade precisa refletir a sociedade. E a sociedade não é feita apenas de pessoas brancas vindas de escolas privadas. Ela é muito mais complexa e diversa que isso. Quando há negros no ambiente universitário, assim como pessoas com deficiência e LGBTs, um leque de oportunidades se abre, porque essas pessoas chegam com uma nova cultura e diferentes formas de ver o mundo. Isso abre portas para inovação e ajuda a mudar o mundo”, ressalta à Marie Claire.
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