Você, assim como eu e 9 entre 10 pessoas que nasceram da década de 1980 para frente, certamente já sonhou em poder voltar no tempo e viver os dias de glória do Woodstock. Certo? Porém, você já parou para pensar no lado obscuro do festival de música que definiu uma geração e uniu as melhores bandas da humanidade em um lugar só? 50 anos após o maior festival de música de todos os tempos, estas fotos mostram que nem tudo foi flores. Lado a lado com o melhor do rock, estava a sujeira, a lama e várias outras coisas que puderam – e deram errado.

O “Woodstock Music and Art Fair” aconteceu no sul do Estado de Nova York, em uma fazenda de gado leiteiro nas montanhas de Catskill. Agendado para ser de 15 a 17 de agosto, a festa só terminou no dia 18. Era verão e, como esperado, choveu. E não foi pouco. Choveu muito e, como você pode ver na foto abaixo, deve ter sido muito difícil lidar com a lama em um evento que contava com 400 mil pessoas.

Desavisados poderiam pensar que estas fotos fazem parte de um cenário de filme apocalíptico. Pessoas acampando em pleno cemitério e ruas congestionadas – algo similar à noite do réveillon na praia mais badalada do nordeste brasileiro. Mas não era nada disso. Marco da contracultura, o festival representou muito mais do que sexo, drogas, rock and roll e bagunça.

Para entender a juventude que tomava banho de lama, meditava em pleno show do Jimi Hendrix e fazia sexo nas barracas, é preciso entender o que era o mundo em agosto de 1969. Era o auge da Guerra Fria e da corrida armamentista que opunha os 2 maiores blocos militares e econômicos da época – os Estados Unidos e a antiga URSS. E a verdade era que a juventude estava cansada de tanta violência e verdades absolutas. Qualquer semelhança com o que estamos vendo hoje no Brasil, não é apenas coincidência. Em meio a tantos perrengues e sujeira, o que estava sendo celebrado era muito mais importante do que qualquer outra coisa.














