A maturidade artística abriu caminho para Lady Gaga se tornar uma artista engajada. A norte-americana acaba de anunciar que sua fundação, ‘Born This Way’, vai financiar escolas vítimas de massacres provocados por atos terroristas com armas de fogo.
– De surpresa, Lady Gaga entrega pizzas em abrigo após incêndio na Califórnia
Gaga selecionou três palcos recentes de manifestações de supremacismo branco e intolerância. El Paso, no Texas; Dayton, Ohio; e Gilroy, na Califórnia.

Lady Gaga durante ‘Parada LGBT’ de Nova York
“Nesse momento, quero canalizar minha frustração, confusão e fúria. Que se transformem em esperança. Esperança de que nós possamos nos ajudar”, escreveu no Facebook.
Segundo a CNN, a cantora atuará ao lado do DonorsChoose.org em 14 projetos educacionais em Dayton, 23 em Gilroy e outros 125 em El Paso.
Sobre as salas de aula, ela disse que “terão acesso ao apoio necessário para inspirar os alunos a trabalharem juntos e transformarem seus sonhos em realidade”.
– Videogame é bode expiatório para mascarar xenofobia e ódio por trás de El Paso
Ela pretende ainda incentivar os que estão vivendo o luto de suas tragédias particulares.
“Não podemos virar as costas uns para os outros. Não podemos nos distanciar de quem amamos. Precisamos uns dos outros. Não se distancie”.
Trump, armas e supremacismo branco
Os massacres em Gilroy e El Paso são fruto da intolerância e do supremacismo branco, ambos intensificados durante a gestão de Donald Trump. O republicano adotou políticas anti-imigratórias xenófobas e ficou marcado por falas racistas.
– Autor de massacre em El Paso publicou manifesto racista no 8chan antes do crime
O reflexo se dá na postura de jovens, que com acesso fácil às armas de fogo, transformam o discurso de ódio e racismo e assassinatos em massa. A mídia dos Estados Unidos deu conta de que o terrorista de 21 anos, responsável pela morte de mais de 20 pessoas em El Paso, escreveu uma carta contra o que chamou de “invasão hispânica”.
El Paso está na fronteira dos EUA com o México. Lembrando que Trump chegou a chamar de estupradores imigrantes mexicanos.