Canais Especiais Hypeness
-
Orgulho LGBTQIA+
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
A 9ª edição da Virada Sustentável veio como um respiro do meio da semana em que o meio ambiente – principalmente a Amazônia e a biodiversidade brasileira – estava em foco. O mundo parou para olhar para o descaso com que se vem tratando nosso mais importante bioma enquanto São Paulo se desdobrou em centenas de atividades sobre o tema da sustentabilidade.
A abertura marcou o primeiro dia de fórum, na Unibes Cultural. Com uma música na voz de Jair Pereira, integrante da banda Aláfia, e uma canção-reza emocionante entoada por Brisa Flow, os trabalho foram abertos. Pessoas das mais variadas experiências e idades subiram ao palco para dar o gás necessária a esta edição.
Para falar da expectativa para 2030 – prazo estabelecido pela ONU para que sejam atingidos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável -, alguns convidados subiram ao palco para falar de suas perspectivas e inspirações. “Nós fazemos parte desse sistema, mas não aprendemos direito a estar aqui. Agora é hora de juntar todas as formiguinhas, agir e reagir”, disse Rose Inojosa, de 71 anos, integrante da equipe do programa de aprimoramento de educação para o desenvolvimento sustentável da UPEACE (Universidade para a Paz).
Leia mais:
“Quero que as empresas meçam impacto ambiental como medem suas finanças, que a economia circular seja uma prática adotada por todas as empresas que produzem produtos”, desejou Tomás de Lara, de 35 anos, co-fundador e diretor do ColaborAmerica e do Cidades+B.
Em uma fala comovente, a estudante do 5º ano do ensino fundamental, Yasmin do Nascimento Guimarães, de apensar 10 anos, disse que espera um 2030 onde a gente não precise de metas nem datas para respeitar o meio ambiente. “Quero que seja diferente do que a gente está fazendo”, disse.
Se é na conversa que a gente resolve as coisas, a Virada mostrou que temos muito a debater pelos próximos anos para reverter a realidade. O painel de abertura veio no mesmo sentido, de repensar o que vai acontecer até 2030.
“A ciência mostra que depois de 2030 se a gente não estabilizar a perda de biodiversidade, o custo e a dificuldade para fazê-lo vão ser muito maiores. Isso por que vai entrar num processo, como esse que a gente está chegando perto na Amazônia agora, que chama “ponto de virada”. Nele, o ciclo negativo começa a alimentar uma autodegradação dos ecossistemas”, pontuou Mauricio de Almeida Voivodic, Diretor Executivo da WWF-Brasil.
A arte, um dos pilares da Virada, estava presente durante todos os dias de evento. A exposição “Mulheres do Xingu”, da fotógrafa paulista Sitah, apresenta as moradoras do Vale do Xingu. O trabalho mostra as integrantes o Movimento Mulheres do Xingu, que se reuniram pela importância de sair das aldeias e falar sobre o território delas, sobre a natureza e sobre a defesa das tradições.
O corredor da Paulista também foi ocupado por arte e desejos para o futuro próximo. A exposição “Imagine 2030”. De um lado, as imagens mostravam um futuro possível que já está sendo construído. Do outro, obras de 3 artistas feitas a partir da escuta sobre as 5 realidades e pessoas investigadas pela equipe do Imagine2030. Essas visões também ganharam projeção mapeada nos primeiros dias de festival.
Mas o grande destaque artístico da edição fica com o projeto 100 Minas que ocupou – e segue ocupando! – a Rua Félix Guilherm e a Heliodoro Ébano Pereira com arte feminina. Era para ser 100 artistas, mas um número muito maior de mulheres tomou os muros da região na Lapa com trabalhos impressionantes. A cor e o empoderamento ganharam espaço e dali não saem mais. Vale a visita.
Além de muita tinta, um palco recebeu shows e discotecagens e uma tenda travou debates, tudo isso em meio à exposição de arte, feirinha criativa e muita energia feminina. Podia ter todo o mês um evento assim. “É muito importante abrir esse espaço para o graffiti feminino, para as mulheres se empoderarem da rua”, disse a artista Gabriela Ribeiro, que fez um trabalho em homenagem à sua mãe.
No Parque do Ibirapuera aconteceu um pouco de tudo. Enquanto a Jaguar Parade exibia onças-pintadas para falar sobre seu quase risco de extinção, um centro de coleta recebia e explicava o destino dos plásticos recicláveis. No palco, a Orquestra Mundana Refugi, composta por músicos refugiados de diversos países mostrou sua linda mistura cultural. Do outro lado, a Cia da Tribo começava o espetáculo “Água Doce”, contando a história dos nossos rios através do folclore. Lindo de viver!
As expectativas para 2030 são altas. Como disse a pequena Yasmin, sem metas e nem prazos, podemos cada um fazer a nossa parte. Cobrar sim dos governantes, sem nos conformar, mas olhando também para nosso umbigo. O que escolhemos ou não comprar, como montamos empresas dentro da economia circular e quais são nossas prioridades nesse processo? Ficam os aprendizados e as artes para que a sustentabilidade e a diversidade sigam em pauta. Que o caminho seja cuidadoso e o futuro verde.
Leia também:
5 produtos usados dentro de casa que estão destruindo o meio ambiente
Publicidade
Um encontro de cervejarias artesanais, shows e DJs, programação para crianças e comidinhas deliciosas. O lugar que...
Entre telas de outros artistas, Pablo Picasso ganhou exposição no Centro Cultural Banco do Brasil, na cidade de...
Tristeza não tem fim. Festival lindão que durante quatro sábados mistura zilhões de atrações maravilhosas das...
A contínua montagem na pré-abertura de uma grande exposição num prédio de 1904 não tira o brilho do evento. A...
Trago boas novas deste paraíso caribenho que é Aruba. Para quem pensava que a Ilha Feliz era "apenas" um lugar de...
A Jägermeister promoveu mais uma edição da Invasão True Rock em São Paulo, projetando os shows das bandas...
Foi em 2014 quando o público ficou enlouquecido pela primeira vez com essa notícia. Depois de dois anos inteiros de...
O Uruguai passou a ganhar nossa atenção não tem muito tempo. Ainda com seu tamanho pequeno, o país vem se provando...
Já faz tempo que as pessoas não buscam mais beber somente pelos efeitos do álcool. Cada dia mais, vemos lançar...