O pedido de falência da Forever 21 foi oficializado no último dia 29. A expectativa é que a varejista feche pelo menos 180 das 500 lojas nos Estados Unidos. A decisão prevê ainda a saída dos mercados de Europa e Ásia.
– 15 brechós em São Paulo para renovar o guarda-roupa com consciência, estilo e economia
O Brasil, onde a Forever 21 atua desde 2014, não deve ser afetado. O mesmo vale para outros mercados da América Latina. “Esperamos que o processo de simplificação permita que possamos nos concentrar no que fazemos de melhor”, disse ao New York Times Linda Chang, vice-presidente executiva da marca californiana.

Forever 21 pediu falência nos EUA
Considerada revolucionária no estabelecimento do estilo do guarda-roupa de uma geração de jovens nos Estados Unidos, a empresa fundada na década de 1980 por imigrantes da Coreia do Sul viu seu império ruir em pouco tempo.
A Forever 21, que teve 16% de suas vendas via e-commerce, passou por uma queda vertiginosa de receita. O faturamento caiu de 4,4 bilhões de dólares em 2016 para US$ 3,3 bi, em 2018. O pedido de falência faz parte de um plano de reestruturação voltado para o comércio online e que pretende recuperar cerca de 2,5 bilhões em vendas anuais.
Se bem sucedida, a medida pode salvar o emprego de 38 mil pessoas. De qualquer forma, os estragos são grandes, já que ao menos 10 mil funcionários foram demitidos desde 2016.
#Nostalgia
A iminente falência da Forever 21 faz lembrar casos emblemáticos aqui no Brasil. Quem não se recorda do áureos tempos do Mappin? A rede varejista chegou ao país em 1913 e se instalou na Rua XV de Novembro, no centro de São Paulo.

Prédio do Mappin no centro de São Paulo
Rapidamente se tornou um clássico na vida dos seus pais e avós. Você, se tiver mais de 30 anos, deve se lembrar do Mappin também. A coisa começou a desandar em meados da década de 1990, quando as dívidas registraram prejuízos recordes.
A rede teve falência decretada em 1999. Até hoje, os mais experientes que passam pelo centro de São Paulo podem ver a icônica sede do Mappin, ali na Praça Ramos de Azevedo, próximo ao Theatro Municipal.
A Mesbla, rival do Mappin, foi fundada em 1912, no centro do Rio de Janeiro. A dispensa de funcionários e o fechamento da loja se intensificou na década de 1990.
Assim como o Mappin, o endividamento, superior a 1 bilhão de reais, saiu do controle a Mesbla encerrou as atividades. Houve, em 2010, uma tentativa de reviver os velhos tempos via e-commerce. Não deu certo. Falência outra vez.