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Ele é o homem por trás de “Scarface” e “Os Intocáveis”. Ele forma com seu amigos Steven Spielberg, George Lucas, Martin Scorcese e Francis Ford Coppola, o quinteto que revolucionou o cinema nos anos 1970. Ele é Brian de Palma, um dos cineastas mais respeitados do mundo, que veio à 76º edição do Festival de Veneza para participar de uma Masterclass sobre a sétima arte. Essa é a terceira vez dele em Veneza nos últimos dez anos: aqui De Palma foi vaiado na coletiva de imprensa em 2012, quando apresentou “Passion” em competição, e recebeu o Premio Jaeger-LeCoultre Glory to the Filmmaker em 2015.
A simpatia e a simplicidade do cineasta ficam logo evidentes, com a tranquilidade de quem encara uma entrevista como parte de seu trabalho. “O cinema me ajudou bastante. Ele me deu tanto e ainda hoje me dá muito”, comenta, acrescentando que se mantem fiel ao gênero que o consagrou: o suspense. “Eu sempre fiz filmes de suspense, mesmo que não seja um mestre como Hitchcock. Quando filmamos, eu me torno uma tela que faz o papel do público, e há um protagonista, que é um personagem com seu roteiro. Em meus filmes há esse suspense, mas no mundo de hoje, dada a situação em que vivemos, há realmente muito medo ”.
De Palma cita seu pais como um exemplo deste medo. “Nos Estados Unidos temos um presidente louco. Estamos vivendo em um período muito particular, nunca tivemos um presidente assim e espero que ele não seja reeleito. Podemos chamá-lo de último bastião da América branca. Os Estados Unidos são um ótimo país que se baseia em fluxos migratórios e que sempre tentou incluir migrantes. O que ele está fazendo, como sabemos, é mantê-los de fora, mas nosso país sempre acolheu aqueles que são diferentes, sempre tentou integrá-lo. O erro está em ter criado uma estrutura que é exclusiva, e não inclusiva”.
Ele conta que uma de suas “missões impossíveis” (citando um dos seus filmes mais populares) é levar um pouco de beleza a este mundo que está muito feio. “O cinema me fez descobrir ainda mais o que é a beleza. Sou contador de histórias visuais, conto a história pelas imagens. Meu objetivo é sempre criar histórias que falam pelas imagens, mesmo quando a política atrapalha o que esta à minha volta. O verdadeiro desafio é ser capaz de criar essas imagens apesar do que acontece, geralmente de maneira perigosa e ridícula “.
Aos 78 anos, Brian de Palma diz que não pensa em parar de filmar. “Os filmes dão a chance de ver a vida com olhos diferentes, de outra perspectiva. Devemos sempre fazê-lo. É um presente que nem todo mundo tem. Penso que o meu trabalho é apontar a câmera para alguém ou algo e depois dizer a eles como vivo a vida. Estou inspirado por Godard: o cinema está alinhado com o que é dito nesses segundos ou minutos. O cinema, é a vida vista de uma perspectiva diferente ”, conclui.
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