Arte

Livro reúne obras poderosas que mostram como o feminismo é retratado hoje na arte

25 • 10 • 2019 às 20:43
Atualizada em 29 • 10 • 2019 às 10:18
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

A representatividade é uma das muitas frentes da luta feminista – e essa necessidade urgente não se restringe a cargos públicos e oportunidades de trabalho, desdobrando-se também, por exemplo, para as artes. A luta do grupo Guerrilla Girls já atenta para essa pauta desde os anos 1980, e agora cada vez mais a força feminina no universo dos museus e das artes como um todo se eleva como pauta incontornável. É a afirmação feminina e dos temas ligados à sexualidade no mundo das artes (em especial da fotografia) o tema do novo livro da jornalista Charlotte Jansen, criando um panorama de algumas das artistas mais expressivas da nova geração.

Juno Calypso – “A Suíte da Lua de Mel” (2015)

Intitulado Girl On Girl: Art and Photography in the Age of the Female Gaze (Garota com garota: arte e fotografia na era do olhar feminino, em tradução livre), o livro reúne trabalhos em que não só a autoria feminina, mas a presença de temas como desigualdade de gênero, misoginia, sexualidade, representatividade e feminilidade se fazem centrais. Para realizar o livro, Jansen entrevistou 40 artistas mulheres, debruçando-se sobre não só o tema de suas fotografias, como também o próprio ser artista e seus processos de trabalho.

Pixy Yijun Liao – “Relacionamento Experimental” (2007–2016)

” O livro é, portanto, um registro do desafio que essas artistas enfrentam diante de um universo dominado por homens e pelo olhar masculino – e um convite à superação dessas barreiras de gênero. “Espero que o livro as inspire sempre a criar. Espero que elas saibam que o fato de ser mulher, ou ter determinada aparência ou determinado corpo, não limita ninguém em termos de criatividade e do que se pode fazer com uma câmera”, disse Jansen.

Phebe Schmidt – “Lágrimas de Mártir” (2013)

Petra Collins “Sem título #25 (Psicopata 24 Horas)” (2016)

Mayan Toledano – “Lulu, Ali e Sofy, Long Island” (2015)

Lalla Essaydi – “Ponto #11” (2012–13)

Izumi Miyazaki – “Consciência” (2015)

Tonje Bøe Birkeland – “Gobi 1931” (2012)

 

 

 

 

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