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Já imaginou a capa de ‘Born This Way’, da Lady Gaga, sem o rosto da diva? Ou Madonna fora da capa de ‘Ray of Light’? Pois bem, é isso que o serviço de streaming Melovaz, com sede no Irã, passou a fazer com as capas de álbuns com mulheres. Suas imagens foram retiradas das capas dos discos e substituídas com montagens pra lá de bizarras.
A capa de Doin’ Time, single da Lana Del Rey
A justificativa é que, segundo leis iranianas, mulheres não podem se manter descobertas, sem hijabs ou burcas. A medida foi tomada pela própria empresa Melovaz. As péssimas montagens causaram indignação com uma dose de humor na internet, que debochou muito da atitude do site. Haja audácia, né?
A cantora Iggy Azalea, que também foi retirada de capa de seu álbum, ironizou. “Eles que são a piada, porque eu coloquei uma referência sobre vaginas em todas as músicas. Quem ganhou no final das contas?”, perguntou Iggy.
O Melovaz não censurou letras de música com caráter obsceno, apenas a imagem das artistas expostas no site.
A cultura do Irã é bastante rígida e machista. Um dos casos mais chocantes vistos no país recentemente foi o da mulher que ateou fogo em si mesma após ser condenada à prisão por ter ido ver um jogo de futebol no estádio.
A jovem Sahar, condenada à prisão por ver um jogo de futebol no estádio
Assim como qualquer meio da nossa sociedade, a indústria da música é majoritariamente machista. Uma das mulheres que mais sofreu com o machismo foi Yoko Ono, acusada de “acabar com os Beatles”. Sempre desconsiderada por ter ser a mulher de John Lennon, Yoko foi uma das mais revolucionárias músicas e artistas viusais que o mundo já viu, e sua obra foi muito além do que a sua fama. De quebra, os discos de Yoko também tiveram sua imagem retirada do Melovaz.
Entretanto, não é só isso. Aqui no Ocidente, tem muita gente que tá batalhando contra isso. A jornalista e produtora musical Cláudia Assef e a advogada Monique Dardenne. Elas fundaram o WME, Women’s Music Event, uma plataforma musical que busca expandir música, negócios e tecnologia que tem como fim expandir a participação de mulheres na indústria musical.
“Quem trabalha no meio da música sabe o quanto o machismo ainda é vigente, não apenas por parte dos homens mas de muitas mulheres também”, disse Cláudia em entrevista ao Hypeness.
“Queremos que, daqui a algum tempo, a gente nem precise mais pedir por essa igualdade de espaço, mas até lá… tem muito trabalho a ser feito!”, adicionou.
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