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Gabriel Souza, fotógrafo de 17 anos, foi alvo de racismo de moradores de um bairro de Jundiaí, cidade do interior de São Paulo. O jovem é borracheiro, mas aproveitou o horário de almoço pra fazer uns cliques pelas ruas de Eloy Chaves. O que parecia um hobby, acabou se tornando mais um exemplo do racismo incutido no seio da sociedade brasileira.
– Como o racismo algoritmo se vale da ausência de negros na tecnologia
Em mais um desses grupos de vigilância comunitária nos WhatsApp, moradores trocaram mensagens apontando o homem negro como suspeito em potencial.
Postagem racista contra homem negro que fotografava flores
Uma moradora do bairro achou o jovem ‘suspeito‘ e compartilhou imagens de Gabriel tirando fotos. Ela pedia aos vizinhos que ligassem para a Guarda Civil Metropolitana. A mensagem falsa e preconceituosa foi compartilhada em grupos de WhatsApp e Facebook e atingiu cerca de 4 mil pessoas.
Gabriel diz ter recebido olhares de moradores e comerciantes da região. Ele pensou que seria por causa da roupa suja, até que o pai lhe contou o motivo: racismo.
O fotógrafo tentou registrar Boletim de Ocorrência para se defender dos ataques. O delegado, no entanto, se recusou a fazer o documento. Pelo contrário, o oficial queria abrir uma averiguação contra o fotógrafo. O vereador Anotnio Sabino (PSB) também propagou as mensagens preconceituosas e negou o crime de racismo.
Gabriel Souza é um artista!
A suspeição do fotógrafo é apenas mais uma das faces do racismo institucionalizado. Em um país em que 71% dos dos homicídios são contra jovens negros, não há como negar a força do preconceito contra negros no Brasil.
“A pessoa preta tem imagem marginalizada só por existir. Somos habituados a saber agir, falar, saber chegar, saber se vestir para evitar pré-julgamento. Não foi por conta da minha roupa nem por eu estar fotografando […] Se sentiu amedrontada: ‘meu Deus, tem um negro fotografando a minha casa’. E eu mirando para uma árvore”, disse Gabriel ao BuzzFeedNews.
Desde o comediante Yuri Marçal, que relatou ameaça de tomar um tiro de um motorista de Uber, até os clientes da Caixa Econômica Federal que protestaram após um caso de discriminação racial em Salvador. Homens e mulheres negras precisam conviver todos os dias com o racismo institucionalizado que infesta a sociedade brasieira.
Gabriel é um artista, embora sinta os efeitos do preconceito, entre eles a proibição de tirar fotos nas ruas de Jundaí. Medo justo dos pais. Ele, porém, garante que vai continuar desenvolvendo sua paixão. O epísódio de racismo causa efeitos imensuráveis na vida de uma pessoa, portanto, que tal apoiar e acompanhar o trabalho de Gabriel Souza?
Siga o fotógrafo no Instagram e confira algumas obras do jovem aqui:
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