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A obesidade já é considerada uma questão epidêmica de saúde por todo o mundo, e uma nova pesquisa confirma e transforma em dados uma visível impressão: os jovens e adolescentes não fazem a quantidade de exercícios físicos recomendada diariamente – e não só deixando de praticar esportes de alta intensidade, mas também ações tão simples e básicas quanto caminhar ou jogar bola com amigos. Trata-se do maior estudo mundial sobre o tema, confirmando que o problema assola 80% dos adolescentes do planeta.
O estudo foi realizado por quatro cientistas ligados à Organização Mundial de Saúde (OMS), analisando o comportamento dos jovens desde 2001 até 2016. A pesquisa contou com a participação de 1,6 milhão de jovens de 146 países diferentes, e concluiu que nesses 15 anos quase nada se avançou na questão – e entre os países mais ricos, o sedentarismo é ainda mais extremo. Se o país com o melhor resultado foi Bangladesh (com 66,1% de sedentarismo entre os adolescentes), o pior resultado veio da Coréia do Sul (94,2% de sedentarismo).
O Brasil se posicionou pelo meio da tabela, mas o resultado não é nada bom: 83,6% dos adolescentes brasileiros não praticam uma hora diária de atividades físicas recomendada pela OMS. “Estes hábitos vão fazer que os meninos tenham pior saúde respiratória e cardiovascular, pior qualidade nos ossos e menos probabilidades de se manterem em um peso recomendável”, afirma Regina Guthold, pesquisadora que liderou o estudo. A diferença de gênero é também impactante: 77,6% dos adolescentes de gênero masculino são sedentários, enquanto 84,7% das garotas apresentam os mesmos hábitos.
A vida contemporânea definitivamente não ajuda tal preocupante realidade, com os jovens cada vez mais imóveis diante das telas de tablets e smartphones – mas essa não é a principal razão, já que 15 anos atrás, quando os gadgets não ocupavam toda nossa vida ou sequer existiam, os resultados não eram muito melhores. “É uma mistura de fatores. Os pais agora têm menos tempo e não há ninguém que vá com as crianças ao parque. Há menos espaços seguros nas cidades para que os menores possam estar por sua conta. E a isto se soma que comemos pior. Se queremos mudar a tendência temos que nos dar conta de que o problema vai muito além de mudar o lanche”, afirma Nerea Martín-Calvo, pediatra e professora de medicina em Navarra, na Espanha – em opinião compartilhada por Guthold. “Não podemos culpar o adolescente, ou abordá-lo só de um ponto de vista de saúde, e sim nos fixar no sistema, na educação e no planejamento urbano”, disse a pesquisadora.
Países onde os adolescentes são mais sedentários:
Coréia do Sul 94,2% (91% meninos – 97,2% meninas)
Filipinas 93,4% (92,8% meninos – 94,1% meninas)
Camboja 91,6% (89,8% meninos – 93,4% meninas)
Sudão 90,3% (86,9% meninos – 91% meninas)
Austrália 89% (86,8% meninos – 91,4% meninas)
Países onde os adolescentes são menos sedentários:
Bangladesh 66,1% (63,2% – 69,2% meninas)
Eslováquia 71,5% (65,5% meninos – 77,8% meninas)
Irlanda 71,8% (63,5% meninos – 80,5% meninas)
Estados Unidos 72% (64% meninos – 80,5% meninas)
Bulgária 73,3% (67% meninos – 80,1% meninas)
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