Artista reimagina princesas da Disney de maneira mais realistas e menos ‘princesas’

Gabriela Glette Uma jornalista e produtora de conteúdo que mora na França. Apaixonada por viagens e inquieta por natureza, ela encontrou no nomadismo digital o segredo de sua felicidade, e transforma a saudade que sente da família e amigos em combustível para escrever suas histórias. Gabriela também é fundadora do site Quokka Mag, onde fala apenas sobre coisas boas!

Desde a primeira parceria com a Pixar – em 1995, as princesas Disney vêm sofrendo uma intensa transformação e tornando-se mais realistas, mas precisamos admitir que, a grande maioria ainda guarda traços de princesa que não fazem mais sentido nos dias de hoje. Apesar de ser grande fã do estúdio, a fotógrafa e designer gráfica Andhika Muksin decidiu criar novas versões das princesas Disney, desta vez menos ‘princesas e perfeitinhas’ como o mainstream costuma nos doutrinar.

Se as mulheres não acordam maquiadas, com o cabelo perfeitamente penteado e saltitantes, por que uma princesa haveria de acordar? Estas novas versões desconstroem o padrão de mulher perfeita exibido no cinema e televisão. E isto, é um favor que artistas como ela fazem por nós.

Em sua versão, a Branca de Neve mostra o dedo do meio para a bruxa mal intencionada; a Cinderela perde o aplique de cabelo – e não o sapatinho; e a Bela borra toda a sua maquiagem ao tomar chuva. Coisas que, convenhamos, são muito mais propícias a acontecer do que o que ocorre nas versões originais.

Os verdadeiros contos de fada

Todos os filmes da Disney foram adaptações de contos de fada centenários. Walt Disney foi um dos maiores gênios da humanidade e teve um golpe de mestre ao ‘infantilizar’ estas histórias, criando o universo mágico da Disney. Mas, você já parou para pesquisar os contos originais – feitos para adultos?

Na versão original de Chapeuzinho Vermelho, o lobo mata, mas não devora a vovó. Quando Chapeuzinho chega em casa, o lobo fantasiado oferece carne da avó para a garota comer. Ela não somente come toda a carne, como ainda saboreia com uma taça de vinho.

Já, na Pequena Sereia de Hans Christian Andersen, a sereia faz um acordo com um bruxo do mar que oferece condições bizarras. Ao invés de perder a voz, Ariel tem a língua cortada, o príncipe se casa com outra mulher e, no fim, Ariel se joga no mar e se transforma em espuma.