Sustentabilidade

Como o Rio Jundiaí foi despoluído e voltou a ter peixes após 30 anos

27 • 11 • 2019 às 13:16
Atualizada em 27 • 11 • 2019 às 14:31
Karol Gomes
Karol Gomes   Redatora Karol Gomes é jornalista e pós-graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual. Há cinco anos, escreve sobre e para mulheres com um recorte racial, tendo passado por veículos como MdeMulher, Modefica, Finanças Femininas e Think Olga. Hoje, dirige o projeto jornalístico Entreviste um Negro e a agência Mandê, apoiando veículos de comunicação e empresas que querem se comunicar de maneira inclusiva.

Não é só de desastres ambientais que se faz um 2019. A notícia da vez é a despoluição do Rio Jundiaí, no interior de São Paulo, que até voltou a ter peixes. Esta é a primeira vez que um rio brasileiro melhora índices de poluição

O processo de despoluição do rio – que atravessa as cidades de Mariporã, Atibaia, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba e Salto – começou há 34 anos, com a criação do então Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí (Cerju).  Para chegar no status atual, foi preciso de estrutura, ações e projetos para que esgoto das cidades não chegassem às águas do rio, como tem feito a Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ).

– Série fotográfica alerta para problema global de poluição das águas

Foram construídos interceptores, emissários, redes coletoras e Estações de Tratamento de Esgoto (em Jundiaí são três, nos bairros Jardim Novo Horizonte, São José e Fernandes), que permitiram a coleta, o afastamento e o tratamento de esgotos domésticos e industriais, até então, lançados in natura no rio.

Em 2017, o Rio Jundiaí passou pelo processo de reclassificação e mudou da classe 4 para a 3, que significa um rio mais saudável e habitável para os peixes.

Peixes voltam para o Rio Jundiaí após despoluição

Hoje, não são só os peixes que ‘frequentam‘ o local. As garças e outros pássaros também voltaram ao entorno do Rio Jundiaí, inclusive para comer peixes pequenos na água. E mais visitantes serão esperados após a plantação de 60 mudas de Ipê na beira do rio, como uma exposição dos trabalhos vencedores do Concurso de Ideais do Vale do Rio Jundiaí está aberta na Biblioteca Professor Nelson Foot, no Complexo Argos.

Com a primeira fase de uma longa missão cumprida, a Cerju agora começa a fiscalização para manter o rio limpo. Vai, planeta!

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Fotos: DEA Jundiaí/Jornal da Região/Reprodução


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