A coleção LEGO arquitetura costuma ser indicada para jovens a partir de 16 anos, e possui alguns monumentos complexos mesmo para um adulto. No entanto, o brasileiro Davi de Oliveira Garcia – de apenas 10 anos, impressionou a família ao montar a Estátua da Liberdade em apenas 5 horas. O garoto, que vive no estado do Espírito Santo, é autista, e de uma lição de vida às pessoas que, por causa de sua limitação o consideram incapaz.

Sua mãe – Raphaella de Oliveira, não esconde o orgulho do filho e acha que a conquista é uma oportunidade de dizer ao mundo que as crianças autistas são, sim, capazes de muitas coisas: “Já chorei muito por ele sofrer preconceito por ser autista e ser taxado de incapaz. Hoje choro de emoção por essa conquista dele. O mundo precisa parar de preconceito e acreditar na capacidade das pessoas”.

Ela ainda explicou que, apesar das crianças autistas terem certa dificuldade de concentração e raciocínio, Davi possui um foco fora do comum para montar quebra-cabeças e LEGO. Apesar do receio do filho não conseguir montar o monumento de Nova York, que possui 1685 peças, esta parecia ser a oportunidade perfeita de provar sua inteligência. “Se ele não conseguir montar, vai servir de experiência. Mas se ele conseguir vai ser mais um desafio concluído. E assim foi. Mais uma vez ele provou que diagnóstico não é impedimento”.

Davi foi diagnosticado com autismo leve quando tinha 6 anos. “A princípio tinha sido diagnosticado com TDAH com 4 aninhos”, contou a mãe. Hoje, ele se socializa bem e, apesar da dificuldade na fala, é comunicativo e carismático. “O que é de interesse dele, aprende muito rápido”, completa a mãe.

O diagnóstico de autismo provoca muitas dúvidas em pais e educadores, mas sobretudo, medo. Porém, assim como qualquer criança, os familiares e professores devem incentivar estes jovens, não por uma questão de competição, mas sim de autoestima da própria criança.

Ao compartilhar uma foto do filho em suas redes sociais, Raphaella deixa um recado: “Um laudo nunca será empecilho para seu desenvolvimento, diagnóstico não define destino e hoje mais uma vez venho dizer AUTISMO NÃO É O FIM”.

