Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Mas, parece que o mercado da beleza ainda não está acompanhando mulheres que, como Xongani, têm a pele escura. Ela contou no seu Instagram que recebeu como um mimo da marca Make B, da O Boticário, uma maleta de maquiagem que, aparentemente, deveria ser dedicada a ela, pois tinha seu nome e sobrenome estampados. Mas, ao abrir o presente, a youtuber sentiu tudo, menos contemplada. Das oito bases selecionadas para o kit, nenhuma poderia ser usada por Xongani, pois eram muito mais claras que a sua pele.
Xongani não escapou do racismo nem com maquiagem com seu nome
A invisibilidade das mulheres ESCURAS é insuportável pra mim! Mas precisa ser insuportável pra você também! Precisa ser insuportável para O Boticário também. Não é a primeira vez, mas quero que seja a última. Eu não aguento mais! É violento demais marcas em pleno 2019 lançarem produtos que não contemplam a maioria da população do nosso país. Eu sou mulher PRETA, que venho construindo junto aos meus, um lugar melhor para todes! Pra mim é insuportável e inadmissível sermos invisibilizades.
Desabafou a estilista em um vídeo emocionante em que aplica as bases que recebeu no rosto, mostrando a discrepância nas cores com o seu tom de pele natural. Como trilha sonora, Xongani utilizou a música ‘Preta D+’, de Tássia Reis.
Nos comentários do post, ainda não há resposta pública de O Boticário, mas há muito apoio, principalmente de outras mulheres negras em reconhecimento a atitude tomada por Xongani.
“E essas marcas nem se percebem! Ainda ousam tentar usar sua influência para vender produtos”, disse a também youtuber, Nátaly Neri. Já a atriz Dandara Albuquerque escreveu, “como você é linda! Amei esse vídeo, apesar de falar sobre um assunto triste”.
Infelizmente, esta não é a primeira vez que vemos uma marca de beleza passando por um vexame como esse. A Sephora Brasil já lançou uma linha de bases que prometia atender a miscigenação no Brasil, mas com apenas um tom que atendia mulheres negras de pele clara.
Outro exemplo de como esta exclusão é institucional nas empresas e fabricantes é a história da bailarina brasileira Ingrid Silva, que passou a vida tendo que pintar as próprias sapatilhas para apresentações por não encontrar as peças em um tom nude para a sua pele. Ela dança pelo prestigiado Dance Theatre of Harlem, de Nova York, onde nenhuma outra bailarina, todas brancas, já precisou se preocupar com as cores de suas sapatilhas.
A própria Xongani já havia levantado o debate sobre os tons de nude produzidos pela indústria ao provar uma calcinha absorventes da marca Pantys.
Talvez a mudança só seja efetiva para as marcas quando acontecer de dentro para fora. Ou seja: tendo mulheres negras pensando nos produtos, como a Fenty Beauty, marca da cantora e empresária Rihanna, que tem sido um sucesso de vendas por apresentar mais de 30 – isso mesmo, T-R-I-N-T-A – tons de pele em sua coleção de base.
Feito que nenhuma marca ainda conseguiu alcançar. Rihanna, patrocina a Xongani – e a gente também!
Publicidade
Os concursos de beleza de 2019 ainda não acabaram e, pelo jeito, ainda farão parte da nossa sociedade por alguns...
O ator Benjamin Damini afirmou, através da sua conta no Instagram, que é um homem trans. Em um texto tocante e belo,...
A memória e os ensinamentos de Martin Luther King Jr. flutuam pelo tempo. Nascido há exatos 91 anos em Atlanta,...
Se hoje lêssemos a história da freira Joan em um convento na cidade de York, na Inglaterra, em meados do século 14,...
Kamilla Carvalho tem 30 anos e estreará como musa da Acadêmicos do Salgueiro no carnaval carioca deste ano. A...
O policial militar do Distrito Federal Henrique Harrison, que teve sua arma retirada e sofreu várias sanções da...
Rodrigo França está de livro novo na praça. Depois de fazer sucesso no teatro com os espetáculos ‘Contos...
A escola, que deveria ser espaço de incentivo à diversidade, promoveu outro caso de racismo. Desta vez, um garoto...
Qual era a posição política de Nelson Mandela? O líder da libertação dos negros no regime de apartheid que durou...