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Ela ligou pro 911 – uma espécie de 190 americano – e pediu uma pizza. O atendente, confuso, não estava entendendo porque alguém faria isso. Após alguns segundos, ele compreendeu que se tratava de uma denúncia de violência doméstica. Mas como?
O atendente, Tim Teneyck, atendeu e ficou muito confuso com o pedido. Ele tentou entender o que se passava e até tentou avisá-la de que aquela linha era somente para emergências. Confira uma transcrição da conversa:
Teneyck: Oregon, 911
Mulher: Gostaria de pedir uma pizza em (endereço).
Teneyck: Você ligou para o 911 (emergência) para pedir uma pizza?
Mulher: Hum, sim. Apartamento (número do apartamento).
Teneyck: Esse é o número errado para pedir uma pizza…
Mulher: Não, não, não. Você não está entendendo.
E aí Tim compreendeu o que estava acontecendo. A história é a seguinte, a filha ligou para 911 para pedir apoio para violência doméstica porque sua mãe, uma mulher de 57 anos, estava sendo agredida brutalmente por seu namorado alcoólatra. Claro, Tim não entendeu todos os recados, mas percebeu que se tratava, de fato, de uma urgência.
Teneyck: Estou entendendo agora.
Teneyck: O outro cara ainda está lá?
Mulher: Sim, preciso de uma pizza grande.
Teneyck: Certo. E médico, você precisa de médico?
Mulher: Não. Com pepperoni.
O namorado da mulher, que cometeu as agressões, foi preso em uma penitenciária de Ohio. Simon Lopez foi acusado por diversas testemunhas oculares de ter, de fato, cometido as agressões. Ele tem 56 anos e foi condenado à cadeia pelas acusações.
O chefe de Teneyck, Mike Navarre, elogiou a postura de seu funcionário. “Ele utilizou seu treinamento e experiência para reconhecer que uma mulher estava em risco de vida. Não haveria como nós sabermos o que aconteceria se ela não conseguisse completar a ligação”, contou Navarre à NBC News.
– Dentistas voluntários devolvem o sorriso para brasileiras vítimas de violência doméstica
A estratégia da pizza se tornou comum nos EUA para disfarçar ligações que denunciam violência doméstica. A prática é endossada por diversas associações feministas e os atendentes do 911 têm sido treinados para identificar o ‘erro‘ como um código. Entretanto, especialistas alertam que a prática pode levar a riscos.
“Colocar qualquer expectativa na ideia de que frases secretas podem funcionar com os centros de emergência é muito perigoso”, afirmou Christopher Carver, diretor-chefe do 911 nos EUA.
– Campanha polêmica lança a pergunta: como você reagiria se visse alguém sendo agredido na rua?
A principal alternativa dada pelos especialsitas é a mensagem de texto. Entretanto, infelizmente, no Brasil, são raros os canais de denúncia para violência contra a mulher por mensagem de texto. Se você presenciar algum caso de violência doméstica, ligue para o 190 – o número da Polícia Militar -, ou ligue para o 180, o número especializado das delegacias da Mulher no Brasil.
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