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O próprio fato da história da família de Keila e Richardo Baldwin ser incomum já aponta para o racismo estrutural que media todas as nossas relações. Desde que o casal adotou o pequeno Princeton, em absoluto contraste à alegria imensa que o filho trouxe à família, vieram uma série de constrangimentos e até acusações – por um motivo que denuncia praticamente esse racismo em toda a sociedade: Princeton era um bebê branco, e a família Baldwin é negra. “Tivemos a polícia chamada contra nós diversas vezes quando ele era um bebê por pensarem que havíamos o sequestrado”, conta Keila.
Casados há quase 10 anos, Keila e Richardo tentaram por bastante tempo ter um filho natural para acompanhar Zariyah, de 16 anos, filha do primeiro casamento de Keila – mas depois de algum tempo e alguns problemas médicos, decidiram pela adoção. Depois de adotarem Ayden e Karleigh, um dia receberam a ligação de um pequeno bebê que precisava de um lar – com esse desimportante porém inclemente detalhe: o bebê era branco.
O casal não viu problema nem hesitou – mas, pelo visto, o mundo ao seu redor, que tanto se acostumou com famílias brancas viajando o mundo e adotando crianças negras, não se conformou.
Os irmãos reunidos
“Para nós, nunca importou que ele era um menino branco, mas importa para os outros! Nunca imaginei que o fato do meu filho ser branco poderia causar tanto julgamento, reação, ódio e racismo”, diz a mãe. Keyla conta que por diversas vezes seu filho Princeton foi fotografado como provas de um provável sequestro, além do constante julgamento por pessoas nas ruas, restaurantes e até mesmo na escola do pequeno.
“As pessoas pensam que eu sou a babá. Já fomos quase mantidos refém em restaurantes sem nos deixarem ir embora por pensarem que Princeton havia sido sequestrado”.
Apesar desses dolorosos contratempos, o pequeno Princeton, assim como toda a família, são motivos de maior alegria para Keyla e Richardo. “Tornar-se sua mãe foi uma de minhas melhores decisões. Estou mais fote, sábia, generosa – e definitivamente mais paciente”, ela diz. “Educação é a chave para derrubar as barreiras do racismo, do preconceito, estereótipos e segregações. Nossa esperança é que nossa história de amor diminua o medo de outras pessoas em adotar e limitar o amor. Todos nós temos a capacidade de amar sem limites, temos que somente abrir nossos corações pra isso”, conclui.
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