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Em 2019, 30 anos se completaram após o lançamento do disco que colocou o Red Hot Chilli Peppers na música. ‘Mother’s Milk’ foi uma bomba de criatividade, unindo o funk com as guitarras ardidas dos californianos e colocando uma nova referência a uma América que saia do hard rock e do metal e ingressava, a passos lentos, no grunge e no rock alternativo.
Três décadas depois, o RHCP continua sendo um dos principais nomes do rock no mundo, chegando às paradas do gênero e se mantendo no topo. Mas existe um nome que definiu a sonoridade única deles, participou ativamente do sucesso do grupo e costura sua história de vida com a banda: John Frusciante.
O RHCP está de volta à sua formação clássica
Após o anúncio de saída do guitarrista Josh Klinghoffer da formação, a banda anunciou que Frusciante iniciará a sua terceira passagem pelo grupo. Junto de Flea (baixo), Anthony Kiedis (vocal) e Chad Smith (bateria), o RHCP vai voltar a sua clássica formação, que criou os dois principais álbuns de sua discografia: ‘Blood Sugar Sex Magik’, de 1991, e ‘Californication’, de 1999. E para comemorar a volta do homem, o Hypeness listou os cinco motivos que fazem de John Frusciante a alma do Red Hot Chilli Peppers.
John Frusciante é um dos principais guitarristas do mundo
John Frusciante não trabalhou somente no Red Hot Chilli Peppers durante toda a sua vida. Desde trabalhos com o punk rock no início de carreira até experimentações com música eletrônica, as colaborações com Omar Rodriguez Lopez, no Mars Volta, e projetos paralelos mostram que o guitarrista é um grande conhecedor da música, tendo trabalhado como compositor e produtor musical em muitos projetos na última década.
Frusciante tem seu estilo único de criação na guitarra. Ele bebe muito das influências de Jimi Hendrix, Curtis Mayfield e Frank Zappa, combinando feeling com experimentação na clássica Fender Stratocaster Sunburn que usa há mais de 30 anos.
O RHCP com Dave Navarro (dir.) não funcionou tão bem
Antes de Frusciante, o RHCP tinha na guitarra Hilel Slovak, que morreu em 1987 graças a uma overdose de cocaína. Ele tinha um estilo muito mais próximo do funk clássico dos anos 70, e a sonoridade dos Chili Peppers ainda não funcionava para as grandes rádios. A grande virada de chave foi quando Frusciante ingressou na banda, em 1987.
Preocupado com a melodia, o guitarrista (que na época tinha apenas dezoito anos) conseguiu dar mais sensibilidade para o funk rock.
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Entre 1992 e 1997, o Red Hot teve o guitarrista Dave Navarro, do Jane’s Addiction, em suas linhas. O disco ‘One Hot Minute‘ funcionou nas paradas, mas a sensação é que a qualidade do som da banda havia caído sem a clássica guitarra. Em 2009, quando Josh Klinghoffer, indicação do próprio Frusciante, assumiu a guitarra da banda, muita gente criticou o estilo do guitarrista, mais experimental e aéreo do que seu predecessor. Apesar dos hits, os trabalhos do grupo na década – os discos ‘I’m With You’ e ‘The Getaway’ não foram tão consistentes quanto os lançamentos anteriores do RHCP.
John assumiu a guitarra do RHCP após a trágica morte de Hilal Slovak. Em 1992, depois do sucesso de ‘Blood Sugar Sex Magik’, Frusciante se envolveu de maneira intensa com a heroína e abandonou a banda devido ao vício. John se isolou e gravou discos solos experimentais completamente ‘bizarros’ e muitos sequer sabiam se ele sobreviveria. O ex-guitarrista (na época) esteve envolvido na morte de River Phoenix – que teve uma overdose de heroína em 1994 – e não parecia sair do buraco.
O Red Hot antes do primeiro hiato de Frusciante
Em 1998, o guitarrista entrou na reabilitação e voltou para o grupo para a criação do disco ‘Californication’, considerada a mais importante obra dos Peppers e um dos principais álbuns da década de 90. Hits como ‘Otherside’, ‘Scar Tissue’ e a faixa-título elevaram os Chilli Peppers ao posto de banda mais famosa do mundo e a mão de Frusciante era a definição do que era aquele som.
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Imagens da clássica tournê de ‘Californication’
Os maiores hits da história do Red Hot Chilli Peppers têm, inevitavelmente, a mão de Frusciante. A banda costuma assinar a composição das músicas de maneira coletiva, mas é perceptível que a mão do guitarrista está presente na fórmula de sucesso. A medida de exemplo, das 10 músicas mais ouvidas pelos fãs no Spotify, apenas uma não tem participação do guitarrista na criação.
Sem Frusciante, clássicos antigos como ‘Give it Away’ ou ‘Under The Bridge’ (canção que se trata do vício em heroína de membros da banda no início dos anos 90) e sucessos mais recentes como ‘Snow (Hey Oh)’ ou ‘Dani California’, do último disco do qual Frusciante fez parte, o ‘Stadium Arcadium‘, não existiriam sem a contribuição do guitarrista.
Desde 2002, John mantém diversos projetos paralelos além dos Red Hot Chilli Peppers. Trabalhos com o The Mars Volta e a formação do Ataxia, com o qual trabalhou com Josh Klinghoffer, ofereceram novos horizontes musicais para o guitarrista. Após deixar o RHCP, há dez anos, Frusciante trabalhou em diversos projetos de eletrônica, especialmente como produtor executivo de Omar Rodriguez-Lopez, um dos principais produtores e compositores da música alternativa na Califórnia.
Com essas experiências ao longo de seu repertório, Frusciante pode trazer novas experimentações e recolocar o Red Hot Chilli Peppers como uma das principais bandas do rock, inovando e criando música de qualidade e relevante na continuidade de seu trabalho. Bem-vindo, Frusciante, é muito bom ver você de volta 🙂
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