Sustentabilidade

Como a compostagem humana quer substituir enterros e cremações

20 • 12 • 2019 às 05:47 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Em 2021, deve entrar em funcionamento o primeiro cemitério de compostagem humana. O local irá funcionar em Seattle, nos Estados Unidos e pretende ser uma alternativa ecológica aos enterros e cremações tradicionais.

Apesar de ainda faltar algum tempo para que a prática tenha início, o projeto não é novo. Até então, a ideia aguardava a flexibilização das leis estaduais, para que a compostagem de corpos humanos passasse a ser permitida.

A iniciativa foi criada pela arquiteta Katrina Spade, dona da empresa Recompose. Em 2015, nós já estávamos de olho na ideia apresentada por ela, na época apelidada de Urban Death.

Esta nova modalidade de cemitério evitaria a poluição de águas subterrâneas com fluídos de embalsamento e diminuiria as emissões de dióxido de carbono, o famoso CO2. O funcionamento dos enterros sustentáveis deve ser bastante similar ao de composteiras convencionais: o cadáver seria colocado em um compartimento reutilizável e coberto com lascas de madeira, alfafa e feno, para auxiliar no seu processo de decomposição.

O processo dura alguns meses e, após esse período, os familiares poderão levar o adubo resultante para casa. Assim, entes queridos podem servir para adubar uma planta e continuar com o ciclo natural da matéria orgânica. Caso não haja interesse, o material pode ser levado para áreas de conservação de Seattle.

A compostagem pode ser uma alternativa para quase qualquer pessoa. Ficam excluídas apenas aquelas que faleceram vítimas de doenças contaminosas, como o Ebola. Caso o defunto tenha implantes dentários ou marca-passo, também será necessário remover os artefatos antes de iniciar a sua decomposição.

Com uma sede de 1.720 metros quadrados, a Recompose já está se preparando para este novo mercado. Acredita-se que os custos do procedimento serão de cerca de U$ 5,5 mil (R$ 22,3 mil). Segundo a Revista Galileu, este valor é mais caro do que uma cremação, mas torna-se mais econômico em comparação com os custos de um enterro e manutenção de uma cova nos Estados Unidos.

Publicidade

Canais Especiais Hypeness