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A quinta edição do Wired Festival Brasil reuniu, em apenas um dia de evento, um mix das principais pautas debatidas na atualidade. Divididas em três salas, as atrações discorreram sobre assuntos em alta nas áreas de tecnologia, entretenimento, cultura e alimentação. Nas falas dos especialistas, havia uma preocupação em comum: a necessidade de continuar avançando em melhorias para a sociedade.
O evento, que já se tornou referência por conta da variedade de temas que abraça, recebeu cerca de 2.000 pessoas na última sexta-feira, 29/11. Estudantes de comunicação, profissionais do mercado, empreendedores dentre outros perfis compunham o público do festival, que acontece no Rio de Janeiro desde 2016.
Temas como deepfakes, tecnologia para combater o racismo, mobilidade urbana e novas formas de promover entretenimento estiveram em discussão ao longo do dia. Abaixo, seguem alguns assuntos que chamaram nossa atenção dentre as atrações.
A programação de 2019 contou, mais uma vez, com convidados nacionais e internacionais, em palestras inspiradoras sobre os mais diversos assuntos. Uma delas foi Sana Amanat, diretora de conteúdo da Marvel, que desde 2014 trabalha no desenvolvimento de personagens inclusivas no seio de uma das editora de quadrinhos mais conhecidas no mundo. A palestrante, que nasceu nos Estados Unidos mas é filha de imigrantes paquistaneses, falou sobre como a diversidade passou a fazer parte das publicações da editora, citando um dos principais cases do momento, a personagem Kamala Khan/Ms. Marvel.
Kamala Khan é a primeira personagem muçulmana do selo a ter sua própria HQ, que é sucesso de vendas (além de ter recebido o prêmio Hugo Awards de 2015). Em breve, a história da jovem heroína ganhará uma série de TV.
“Não foi fácil no começo ser uma mulher no universo dos quadrinhos. Mesmo após 10 anos no mercado, há gente que ainda não entende.”
Além da criação da personagem, Sana promoveu grandes mudanças na maneira em que os corpos femininos são retratados nas HQs, de forma mais realista e não somente objetifando de forma sexualizada. É o que ela chama de “real looking women”.
A medicina também foi pauta do festival. O pesquisador Draulio Barros de Araújo falou sobre a pesquisa que realiza desde 2018, sobre os efeitos antidepressivos de drogas psicodélicas, como a Ayahuasca. Professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Draulio (que é físico de formação e tem doutorado em Física Aplicada à Medicina e Biologia) expôs as linhas de pesquisa envolvendo a bebida, que é utilizada em rituais religiosos como Santo Daime, União Vegetal e Barquinha.
Primeiramente, a equipe de pesquisadores buscava entender os efeitos do chá no corpo humano, do ponto de vista farmacológico. Depois de mapearem as substâncias (como o DMT) e seus efeitos, partiram para uma segunda linha de pesquisa, avaliando os efeitos das mesmas em pacientes com depressão severa, resistentes aos tratamentos convencionais. Os experimentos foram realizados em ambiente hospitalar, garantindo a segurança dos pacientes.
No Brasil, o Conselho Nacional de Políticas Sobre as Drogas permite que a Ayahuasca seja utilizada em rituais religiosos mas ainda não reconhece a legitimidade do uso terapêutico da mesma, pois aguarda a conclusão de pesquisas que comprovem a teoria.
Um dos assuntos mais falados nos painéis foi em relação ao futuro da alimentação. A preocupação com o esgotamento do meio ambiente foi o ponto central das falas de Marcos Leta (Fazenda Futuro), Gustavo Guadagnini (Good Food Institute) e Arnold van Huis (Universidade de Wageningen). Marcos e Gustavo falaram sobre o momento da chamada carne plant-based, que simula a proteína bovina mas produzida a partir de soja e outros vegetais.
Marcos é fundador da primeira food tech brasileira, a Fazenda Futuro. Foi após uma viagem pelos Estados Unidos que ele conheceu o empresas que trabalhavam com a famosa “carne que não é carne”, feita em laboratório, com engenheiros de alimentos. Resolveu trazer a ideia para o Brasil, investindo em maquinário diretamente da Alemanha, para lançar o primeiro hambúrguer “de plantas” em solo brazuca. Em menos de 1 ano, outras empresas já aderiram à tendência do mercado, que vai além da fatia vegetariana & vegana.
Ambos os palestrantes mostraram como os alimentos plant-based tem se mostrado uma solução sustentável e rentável. Embora seus produtos ainda recebam muitas críticas de chef e especialistas em nutrição não somente no Brasil como no mundo, tanto Marcos quanto Gustavo sinalizaram que essa é uma indústria que ainda vai amadurecer bastante, com evolução não somente da qualidade dos produtos mas também da mentalidade dos consumidores.
Arnold van Huis é professor de Entomologia Tropical na Universidade de Wageningen na Holanda e autor de algumas das principais publicações especializadas em consumo de insetos como fonte de alimentação. É um defensor da entomofagia: o consumo de insetos como alimento. Há alguns anos o pesquisador vem discorrendo sobre os benefícios do uso desse tipo de proteína, embora ainda nos cause certa estranheza pensar no assunto.
Segundo Arnold, cerca de 270 start ups já atuam na criação de insetos comestíveis. Além das qualidades nutricionais, o pesquisador aponta que o impacto no cultivo de insetos é muito mais econômico e menos nocivo para o meio ambiente, principalmente comparando com a pecuária.
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