Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
A gente sabe que as universidades são ambientes bastante elitistas, que não necessariamente contam com a representatividade e nem com a inclusão social que nos é garantida constitucionalmente. Entretanto, ao passar dos anos e com incentivos por parte de políticas afirmativas, o cenário vem mudando aos poucos (ainda tem muito o que se fazer), mas começamos a ver novidades no cenário acadêmico.
Uma das boas notícias é que o Departamento de Antropologia da UnB aprovou o doutorado de Eliane Boroponepa Monzilar, 40 anos, filha do povo umutina, da região do Mato Grosso, próximo à fronteira com a Bolívia. A agora doutora foi congratulada graças à sua tese ‘Aprender o conhecimento a partir da convivência: uma etnografia indígena da educação e da escola do povo Balatiponé-Umutina’.
– Sábios indígenas e afrodescendentes irão ministrar disciplina em universidade gaúcha
“Na universidade, não sou somente a Eliane. Represento um povo e isso é uma grande responsabilidade, não só por ser indígena, mas por ser mulher”, afirmou a pesquisadora sobre sua vivência dentro do espaço acadêmico.
Hoje, Eliane é professora em sua comunidade e em julho desse ano se tornou doutora. Ela reconhece as dificuldades que o sistema acadêmico impõe e como a sociedade, no geral, pode invisibilizar as origens e raízes de um ser humano e de um povo como um todo.
– Negros são maioria pela primeira vez em universidades. IBGE aponta efeito das cotas
“Só fui me entender enquanto indígena e pertencente a um povo quando ingressei na graduação. A população umutina foi praticamente exterminada, fisicamente e culturalmente, por todo o processo de colonização”, adiciona.
A doutora não teve oportunidade de fazer sua educação formal em uma escola indígena umutina e, após concluir sua graduação em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Mato Grosso, ingressou na pesquisa de seu próprio povo, quebrando um tabu do estudo antropólogico, que prefere uma pesquisa partindo de um especialista ‘estrangeiro’.
– 500 e tantos anos depois Brasil tem primeira reitora negra em universidade federal
“Consegui como resistência estar perpassando esse espaço, que é muito sistemático e radical, cobra muito de você. Ao estar na academia, pude dialogar e mostrar que existem outros saberes que a universidade precisa ter conhecimento. Antes, nossos povos eram objetos de pesquisa, hoje podemos nos pesquisar”, celebra a doutora.
Publicidade
Por mais que nossos feeds nas mais diversas redes sociais pareçam um recorte do mundo como ele é, em verdade ele é...
Sim, o ex-líder de um programa que prometia a ‘cura gay’ (que não existe) acaba de se assumir, adivinhem,...
O Brasil teve 80 pessoas transexuais mortas no primeiro semestre de 2021. Os dados divulgados pela Associação...
Durante anos, pesquisas ao redor do mundo constataram que homens gays ganhavam, em média, 10% menos que os héteros em...
De acordo com Sociedade Brasileira de Pediatria, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) se manifesta quatro vezes...
Lembra dele? O vencedor da primeira edição do ‘Big Brother Brasil’ foi criticado ao postar uma foto, sem...
A global Ana Karolina Lannes, conhecida pelo seu papel como Ágata na clássica novela 'Avenida Brasil', abriu o jogo...
O ator Reynaldo Gianecchini rejeita rótulos sobre sua orientação sexual - ele já declarou que sua sexualidade é...
Em dezembro do ano passado, a marca Missguided anunciou sua campanha Make Your Mark (que poderia ser traduzida para o...