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Uma reportagem publicada em 2014 pela BBC trouxe à tona as memórias de dois homens que foram escravizados quando crianças em uma fazenda nazista no interior de São Paulo. Eles foram apenas alguns dos 50 meninos explorados no local.
Os garotos foram retirados de um orfanato do Rio de Janeiro em três levas distintas, durante os anos 30. De acordo com documentos encontrados pelo historiador Sidney Aguillar Filho, eles teriam sido adotados por Osvaldo Rocha Miranda, então proprietário da fazenda Cruzeiro do Sul.
Os tijolos da fazenda possuíam uma suástica gravada. Foto: JReynaldo/Wikimapia
Osvaldo era membro da Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento com ares fascistas que chegou ao Brasil em 1932. Pouco depois, durante a Segunda Guerra Mundial, o país chegaria a ter o maior partido fascista fora da Europa, com 40 mil adeptos.
Apesar disso, o integralista conseguiu a guarda de 50 crianças com idades em torno de 10 anos. Aloysio da Silva, um dos primeiros meninos a ser levado para a fazenda, juntos com outros 10 jovens da sua idade. Hoje com 90 anos, contou sua história à BBC.
1° Um professor de História, em uma escola no Rio de Janeiro, foi dar aula sobre nazismo. Ele mostrou para seus alunos a suástica e disse que aquele era o símbolo dos nazistas. Uma aluna levantou a mão e disse que já viu no sítio da sua família um tijolo com aquele mesmo símbolo. pic.twitter.com/DSdjaVHJG0
— História No Paint (@HistoriaNoPaint) December 4, 2019
De acordo com seu relato, nenhum dos garotos era chamado por seu nome, mas sim por números. Ele era o 23. Aloysio conta que ele e seus companheiros eram obrigados a arrancar ervas daninhas com um ancinho e limpar a fazenda, além de serem espancados regularmente com uma palmatória e controlados por cães de guarda.
Imagem da fazenda Cruzeiro do Sul. Foto: JReynaldo/Wikimapia
“Ele prometeu o mundo – que iríamos jogar futebol, andar a cavalo. Mas não tinha nada disso. Todos os dez tinham de arrancar ervas daninhas com um ancinho e limpar a fazenda. Fui enganado“, disse à reportagem.
O relato é corroborado por Argemiro dos Santos, outro sobrevivente ouvido pela BBC, hoje com 89 anos. Argemiro acrescenta que, entre os castigos recebidos, estava a privação de comida. Ele conseguiu fugir do local aos 14 anos, quando voltou ao Rio de Janeiro, onde passou a dormir nas ruas e trabalhar como vendedor de jornais.
“Havia castigos, deixavam a gente sem comida ou nos batiam com a palmatória. Doía muito. Duas batidas, às vezes. O máximo eram cinco, porque uma pessoa não aguentava. Eles tinham fotografias de Hitler e você era obrigado a fazer uma saudação. Eu não entendia nada daquilo“, relembra Argemiro à BBC.
‘Menino 23’ conta a história dos 50 meninos negros que foram tirados de um orfanato no Rio de Janeiro e acabaram na fazenda onde os tijolos com suásticas nazistas foram encontrados.
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