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Nina Marquetti tinha apenas 16 anos quando foi abusada sexualmente dentro de um consultório, pelo seu próprio médico. Como isso aconteceu dentro de um espaço privado, onde ela deveria se sentir segura e partindo de um homem cuja profissão é prestigiada, ela teve dificuldade de falar sobre essa experiência e denunciar.
Anos depois, Nina se tornou uma atriz profissional e traduziu os sentimentos da experiência em sua peça solo ”A Flor da Matriarca”. Ela também se tornou porta-voz da campanha #OndeDói pois falar de sua experiência a ensinou que não foi a única a passar por isso.
Nina Marquetti é porta-voz da campanha #OndeDói
Por meio da hashtag, Nina e outras mulheres estão expondo no Twitter suas experiências de assédio sexual em consultórios médicos. Outras tantas mulheres estão lendo os depoimentos e aprendendo sobre comportamentos de médicos que são aceitáveis e fazem parte da consulta e os que não fazem parte.
A primeira vez que eu fui ao ginecologista depois de perder a virgindade ele introduziu o dedo no meu canal vaginal e eu contraí involuntariamente.
Ele disse que eu ia ”dar muito prazer aos meus parceiros” porque eu era ”muito apertadinha” #ondedoi
— Krishna✨ (@kribshna) December 9, 2019
Tenho vaginismo. Fui ao ginecologista e, na hora de me examinar, ele enfiou o aparelho em mim com força mesmo eu avisando varias vezes da minha condição. Quando reclamei, em pânico, ele me respondeu rindo: “se consegue dar não existe mais isso de vaginismo”#ondedoi
— (rope) bunny (@meowfromhell) December 9, 2019
uma ginecologista não quis me examinar por ser lésbica. disse que lésbica nem precisa fazer exame. fiquei mais de um ano sem coragem de me consultar de novo. #ondedoi
— begeh (@caosmaria) December 9, 2019
Eu estou chocada e muito puta com os relatos dessa #ondedoi sobre abuso médico principalmente de ginecologistas. Que inferno isso
— mariana almeida (@whosmaari) December 9, 2019
A campanha ultrapassou as redes sociais e ganhou uma plataforma online, criada para mapear casos de violência sexual cometida por profissionais da área médica e para acolher e orientar as vítimas desses casos. Segundo o site da #OndeDói, o recorte da Violência Sexual praticada por médicos, enfermeiros e outros profissionais da área da saúde é necessário por ser muito específico.
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A #OndeDói está coletando os depoimentos para analisar o número de casos, as regiões do país mais afetadas e as diferentes formas que a violência sexual assume em hospitais, clínicas e postos de saúde.
A idéia é transformar esses dados em uma cartilha ilustrada com o objetivo de orientar a população sobre os seus direitos e evitar que outros pacientes sofram esse tipo de violência.
Assédio Sexual
Desde campanhas como #MeToo, #ChegadeFiuFiu, #PrimeiroAssédio e #MeuAmigoSecreto, o problema ganhado mais conscientização no Brasil – além de outras campanhas ao redor do mundo.
As mulheres têm se tornado cada vez mais cientes de seus direitos e feito denúncias. No Brasil, 97% afirmam que não têm liberdade de ir e vir sem sofrer situações de assédio sexual no transporte público, em carros de transporte privado ou em táxis, segundo pesquisa dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber.
– Campanha incentiva mulheres a denunciar assédio sexual e moral no trabalho
Locais privados também não protegem as mulheres. Dados de uma pesquisa encomendada pela Você S/A e feita pela Talenses, consultoria de recrutamento executivo, revelam que 34% das 3 215 mulheres entrevistadas já sofreram algum tipo de assédio sexual no ambiente de trabalho. Entre os homens o número alcança 12%.
Denúncia
Por meio da Lei Número 13.718/18, a importunação sexual passou a ser considerada crime com pena entre um e cinco anos de prisão do infrator.
Se você foi vítima de violência sexual enquanto paciente, a plataforma #OndeDói tem também a função de conectar mulheres com organizações que oferecem Ajuda Emocional, Orientação Jurídica ou Ajuda Urgente.
Já assédio sexual na rua pode ser denunciado pelo SAC da empresa que cuida do transporte ou mesmo pelo 180.
Não deixe de denunciar também se o problema for dentro de uma empresa, entrando em contato com o RH.
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