Tecnologia

Saiba porque cannabis e café serão enviados ao espaço

18 • 12 • 2019 às 14:32 Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Elon Musk é uma cara excêntrico. Além das suas contínuas inovações no mundo, pensando a tecnologia de uma maneira completamente futurística, o empresário americano busca expandir-se ao espaço sideral, especialmente com a sua empresa SpaceX. Dessa vez, a companhia vai focar em levar cannabis café para as estrelas (mais uma prova de que o futuro chegou).

Em parceria com a Front Range Biosciences e a SpaceCells USA Inc., duas corporações que tem como foco a biotecnologia e agrotecnologia, a empresa vai enviar células das duas plantas para experimentar as condições e mutações desses organismos no espaço. Outra intenção é desenvolver métodos de plantio que consigam fazer com que o céu seja um local para cultivo alternativo de plantas.

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O voo está marcado para março de 2020 e levará as células até a Estação Espacial Internacional, onde serão analisadas por outra empresa, a BioServe Space Technologies, que criará as condições específicas para observar o desenvolvimento e as mutações que podem ocorrer com a cannabis e o café no espaço.

“Esta é uma das primeiras vezes que alguém está pesquisando os efeitos da microgravidade e do voo espacial em culturas de células de cânhamo e café. Existe ciência para apoiar a teoria de que as plantas no espaço sofrem mutações. Esta é uma oportunidade para ver se essas mutações se sustentam quando são trazidas de volta à Terra e se há novas aplicações comerciais”, afirmou Jonathan Vaught, CEO da Front Range.

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Segundo os pesquisadores, a intenção é enviar mais células a longo prazo em diversos estágios de crescimento. Dessa maneira, vai ser possível entender os efeitos da microgravidade espacial e da radiação espacial nas plantas, podendo desenvolver novas maneiras de cultivo e adaptação alimentar para o mundo a longuíssimo prazo.

“Estamos perseguindo essas grandes ideias. Existe oportunidades enormes para trazer para o mercado novos quimiotipos úteis, assim como podemos fazer com que plantas se adaptem de maneira mais adequada à seca e ao frio. Nós esperamos que, através desses experimentos e de novas missões, criar e readaptar a maneira como produzimos alimentos ao aquecimento global”, afirmou Peter McCullagh, CEO da SpaceCells, que também faz parte da missão.

 

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Fotos: © Getty Images


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