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“Se o racismo acabasse HOJE, o que você faria?”. Gilberto Porcidonio jogou essa pergunta no Twitter já respondendo a si mesmo: “eu iria ao shopping de chinelo FÁCIL”.
Em minutos, o tweet tornou-se viral, com pessoas negras respondendo a questão. As reações criaram uma thread que mostra a dimensão do que é o racismo estrutural no Brasil e, principalmente, sobre como as rotinas e escolhas de pessoas negras são condicionadas aos efeitos desse racismo – o que impressiona nas respostas à pergunta é o fato de que pessoas brancas dificilmente precisam lidar com tais situações.
São exemplos, respostas como “abriria tranquilamente a mochila/bolsa numa loja sem que o segurança pense que estou roubando”, que fez lembrar a morte de Pedro Gonzaga depois de uma ação violenta de um segurança em um dos supermercados Extra da Barra da Tijuca (RJ), em fevereiro desse ano.
Já o comentário “usaria guarda-chuva”, faz uma alusão à morte de Rodrigo Alexandre da Silva Serrano. Em setembro de 2018, ele foi baleado por um policial que confundiu seu guarda-chuva com um fuzil.
O racismo e a violência policial voltaram a repercutir com força no último fim de semana. Em uma operação policial, frequentadores de um baile funk em Paraisópolis, São Paulo, foram encurralados pela polícia, numa ação truculenta. Nove pessoas morreram, todos jovens entre 14 e 23 anos – negros em sua maioria.
Confira outras respostas recebidas por Gilberto:
Usaria boné muito mais vezes e em diversos cantos.
(É um acessório que amo)
— Matheus (@mthlimao) November 29, 2019
Hospital de moletom e chinelo.
— Flávia Oliveira (@flaviaol) November 29, 2019
eu me comportaria de forma mais aberta sem medo das pessoas me acharem agressiva ou terem algum medo de mim
— brenda (@brendasafra) November 29, 2019
Eu entraria em uma loja e abriria a minha bolsa so pra ver se não tinha esquecido o meu celular em casa.
— simone francisca (@Simone_frs) November 29, 2019
Eu iria atrás de um estágio ou um emprego sabendo que poderia conseguir a vaga ?
— ℓαriн (@semideusinha) November 30, 2019
Frente à repercussão do seu tweet, Gilberto lançou mais um tuíte, tão poderoso quanto o primeiro. “As inúmeras respostas que só surpreendem quem não tem pele preta só provam que não existe e nunca existiu racismo velado no Brasil. Racismo só é velado para quem não sofre”.
As inúmeras respostas que só surpreendem quem não tem pele preta só provam que não existe e nunca existiu racismo velado no Brasil. Racismo só é velado para quem não sofre.
— Gilberto Porcidonio (@_puppet) November 29, 2019
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