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Citados no comovente samba-enredo campeão da Mangueira em 2019, os malês eram, na Bahia de meados do século XIX, um grupo de escravizados de origem africana que carregava em comum a tradição muçulmana como sua religião. A etimologia do nome já evidencia toda a origem do grupo: “malê” vem de “imale”, palavra da língua Iorubá que quer dizer “muçulmano”. Foram eles que realizaram o maior e mais importante levante urbano de africanos escravizados no Brasil: a Revolta dos Malês – e esse legado foi levantado e destrinchado por uma reportagem da BBC Brasil.
Representação de escravizado muçulmano no Brasil
Cerca de 50 revoltosos partiram de um velho sobrado e se espalharam por Salvador, convocando mais 600 pessoas a participarem do levante. Uma das principais missões era libertar Pacífico Licutan, também conhecido como Bilal e líder malê que estava detido por dívidas que possuía com seu senhor.
Contra as armas de fogo da polícia as lanças e porretes não foram suficientes: os revoltosos fugiram da cidade, mas em seguida foram encurralados em Água de Meninos, onde 73 pessoas foram mortas e mais de 500 foram presas. O fim da rebelião agravou ainda mais as leis locais, e qualquer pessoa passou a poder dar voz de prisão a escravos, muçulmanos ou não, que ser reunissem em grupos de mais quatro pessoas.
No Brasil, os escravizados muçulmanos – que vinham de origens e etnias diversas – utilizaram o islã como ferramenta de união e fraternidade; não por acaso os amuletos dos rebeldes Malês traziam trechos do Corão escritos em árabe. Vale lembrar que no Brasil de 1830, o culto a qualquer religião que não fosse a do estado – logo, a religião católica – era proibido por lei. Os malês reuniam-se escondidos, atrás de portas fechadas, para rezarem e adorarem Alá. A revolta não foi vitoriosa, mas a influência dos malês e do Islã sobre a cultura negra brasileira é imensa – historiadores debatem se, além da meia-lua como símbolo atrelado aos orixás, a roupa branca e o turbante, a própria palavra Oxalá não viria da expressão árabe “Insha’Allah”, que quer dizer “se Deus quiser”. A história completa pode ser lida na matéria da BBC.
Um dos trechos encontrados em amuletos malês
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