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O nazismo foi um dos maiores terrores da história da humanidade. No dia de hoje, 27 de janeiro, é comemorado o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. Isso porque, há 76 anos, o Exército Vermelho descobriu e libertou os prisoneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, palco principal de uma das maiores atrocidades já cometidas no mundo.
A BBC Brasil entrevistou Andor Stern, um dos únicos brasileiros sobreviventes à tragédia, que relatou como foi a experiência do terror sob as mãos do sanguinário regime nazista. Andor hoje é um rabino em São Paulo, mas não se esquece do que se passou quando era ainda adolescente.
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Andor na porta do campo de concentração de Auschwitz, onde passou a sua adolescência
“Você tem eczema, sarna. A comida te causa uma eterna diarreia, o que, aliás, é uma (das causas) que mais matavam as pessoas. No inverno, abaixo de 22, 24, 26 graus, quando você está ‘vazando’, você até gosta porque é quentinho. E você não tem como tomar banho depois disso. Você aceita a sujeira, a imundície. E você perde a condição de ser humano. Devora qualquer casquinha de batata. Só o que pensa é na fome. Você vira um zumbi”, relatou à BBC.
Stern nasceu no bairro do Bixiga, no centro de São Paulo. Aos três anos de idade, foi morar na Índia, porque seu pai recebeu um convite para trabalhar no Oriente. Depois, ao invés de voltar ao Brasil, sua família foi morar na Hungria, com parentes.
As coisas mudaram a partir de seus 11 anos, em 1939. Com o avanço das tropas de Hitler pelo território Europeu, Andor seria capturado junto com toda sua família (com exceção do pai) pelo Exército Nazista. O brasileiro viu seus familiares todos serem levados para as câmaras de gás de Auschwitz.
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Quando o cerco começou a apertar em volta de Auschwitz, Stern foi enviado em uma das Marchas da Morte. Depois, foi para Varsóvia trabalhar como escravo recolhendo as ruínas da guerra e posteriormente enviado a um campo de concentração para construir armas para a indústria bélica alemã. Até que no dia 1º de fevereiro de 1945 o campo de Dachau, onde era escravizado, foi libertado pelas tropas estadunidenses.
Stern foi rapidamente para os EUA, voltou à Hungria para concluir estudos de engenharia e voltou ao Brasil quando sentiu necessidade. Após trabalhar na IBM e ter se casado, ele teve sua própria empresa e trabalha até os dias de hoje. No último novembro, Andor teve seu barmitzvah (tardiamente). Na idade em que sua festa deveria ter sido comemorada, Stern estava em Auschwitz. Agora, ele pode finalmente comemorar.
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“Sobreviver àquilo (Holocausto) te dá uma lição de vida que você fica tão humilde. Quer que eu te conte uma coisa que aconteceu hoje? Talvez isso nunca tenha te ocorrido, e essa vantagem eu levo em cima de você. Imagina a minha cama cheirosa, de lençóis limpos. Chuveiro fumegante no banheiro. Sabonete. Pasta de dente, escova de dente. Uma toalha maravilhosa. Descendo (a escada), uma cozinha cheia de remédio, porque velhinho precisa tomar para viver melhor; comida à vontade, geladeira cheia. Peguei meu carrinho fui trabalhar pelo caminho que eu quis, ninguém me enfiou uma baioneta. Estacionei, fui recebido com calor humano pelos meus colegas. Gente, eu sou um homem livre”, afirmou à BBC.
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