Tecnologia

Inteligência artificial detecta câncer de mama antes de radiologistas

08 • 01 • 2020 às 17:10
Atualizada em 04 • 11 • 2021 às 14:51
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um recurso de inteligência artificial do Google foi capaz de detectar câncer de mama analisando apenas os exames das pacientes. O sistema provou ser mais eficaz na detecção da doença do que o olho humano.

De acordo com o Business Insider, erros na leitura de mamografias são comuns, levando muitas vezes a resultados que são falsos positivos ou falsos negativos. Apesar disso, um artigo científico publicado na revista Nature aponta que o modelo de inteligência artificial do Google detectou o câncer de mama em mamografias de triagem com maior precisão do que especialistas na área.

Para Shravya Shetty, líder técnico à frente do Google Health, esse modelo poderia auxiliar radiologistas na análise dos resultados de mamografias. Testes realizados em mulheres do Reino Unido e dos Estados Unidos apontam o potencial do sistema.

Inteligência artificial para identificar câncer de mama

A inteligência artificial foi capaz de reduzir os falsos positivos em 5,7% em análises realizadas nos Estados Unidos e em 1,2% em análises no Reino Unido. Houve ainda uma redução de 9,4% nos falsos negativos nos Estados Unidos e de 2,7% no Reino Unido.

AI identifica câncer de mama

Foto: Reprodução Nature/Google Health

O sistema conseguiu oferecer mais precisão no diagnóstico mesmo trabalhando com menos informações do que os especialistas humanos. Enquanto o modelo criado pelo Google analisava apenas as mamografias mais recentes, os profissionais de saúde têm aceso ao histórico do paciente e a mamografias realizadas anteriormente.

A Revista Galileu aponta que o objetivo não é substituir o olhar humano, mas facilitar a detecção do câncer. Atualmente, as mamografias são analisadas por dois médicos diferentes. Caso a plataforma passe a ser usada em larga escala, a análise seria feita por um profissional da saúde e depois pelo sistema.

Apenas se os resultados obtidos forem divergentes, outro médico examinaria o exame, o que poderia reduzir em 88% a carga de trabalho dos profissionais que examinam mamografias. Nada mal, não é mesmo?

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