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Você já parou para pensar na quantidade valiosíssima de informações que perdemos quando jogamos revistas no lixo? Júlio César Lima era porteiro de um prédio em Copacanana – no Rio de Janeiro, quando encontrou dezenas de revistas de moda no lixo. Quando percebeu que, em absolutamente nenhuma delas, pessoas da periferia onde morava estavam sendo representadas, decidiu mudar esta realidade. Foi assim que ele criou a agência Jacaré Modas e foi convidado para estrelar documentário sobre estilo na perifa.
O documentário ‘A Favela é Moda’ é resultado de 4 anos de observação e estudo do cineasta Emílio Domingos. No filme, ele mostra a realidade de modelos e pessoas ligadas ao mercado fashion, com uma diferença: elas vivem na zona norte do Rio de Janeiro, em favelas, periferias e comunidades que costumam ser ignoradas desta milionária indústria, denunciando a falta de representatividade em pleno 2020.
Este é o terceiro documentário do cineasta, que em 2012 lançou o filme ‘A batalha do passinho’, sobre campeonatos de bailarinos funks, e “Deixa na régua”, de 2016, obre cabeleireiros da periferia.
O sucesso de seus filmes fez com que Emílio fosse convidado a produzir uma campanha publicitária somente com pessoas negras. Segundo o artista, nos últimos anos as marcas, assim como as empresas midiáticas, estão sendo pressionadas a incluir pessoas com diferentes de corpos, cores e deficiências em suas campanhas. De acordo com sua própria experiência, os próprios modelos já vêm sentindo esta mudança, que acontece sobretudo por questões econômicas. Moda é arte, expressão, comunicação e sobretudo, política. Que bom que as pessoas estão começando a compreender que ela é muito mais do que aquilo que vemos nas passarelas.
O cineasta Emílio Domingos
Lançada em 2017, a agência de Júlio César Lima é uma produtora de moda especializada em capacitar jovens de regiões vulneráveis do país. A agência de modelos tem realizado um trabalho importante e incrível, lutando para que as minorias sejam representadas no mercado da moda.
Até hoje já foram mais de 50 jovens, a grande maioria negros e moradores das favelas do Rio de Janeiro: “A sociedade está tão acostumada aos padrões que acaba aplaudindo quando uma pequena medida em prol da diversidade é tomada. Mas cada vez que uma modelo negra e periférica aparece em uma capa de revista, é importante destacar sua origem, seu background, para que isso se torne o normal. Nós ainda somos estranhos em muitos espaços”, comemora o empreendedor.
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