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A prefeitura de São Paulo confirmou a criação de memorial em um terreno no bairro da Liberdade onde ossadas do tempo da escravidão foram encontradas. A decisão, publicada em Diário Oficial pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), garante a preservação da memória deste período nefasto na capital paulista e no Brasil.
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As ossadas foram localizadas em dezembro de 2018, quando o terreno passava por intervenções para, provavelmente, a construção de mais uma torre na selva de pedra. A descoberta causou surpresa e mobilizou membros dos movimentos negros, que exigiam a preservação do espaço de memória.
O memorial reforça que a Liberdade é um bairro negro
A Liberdade até pode ter ganhado fama como um bairro dominado pela colônia e cultura japonesa. A região, no entanto, se caracterizou pelos horrores e abusos da escravidão muito antes da chegada dos primeiros navios com imigrantes.
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Para se ter ideia, o Largo da Forca, como era chamada a Praça da Liberdade, manteve uma forca até meados de 1874. A remoção se deu pela extinção da pena de morte no Brasil. De acordo com informações do G1, o Cemitério dos Aflitos é considerado a primeira necrópole de São Paulo entre os séculos 18 e 19 e abrigava os restos mortais de escravizados capturados depois de tentativas de fuga.
Fragmentos de costela esquerda
O cemitério, agora área de preservação da memória negra, estava localizado na atual Rua da Glória. À Folha de São Paulo, a arqueóloga do Iphan Leila Maria França, diz que a ação é importante para reforçar e passar para as próximas gerações os horrores da escravidão contra pessoas negras.
“A sociedade não era só feita de poderosos, mas de excluídos. Existia a escravidão. É uma forma de dar voz a essas pessoas”, ressalta.
A criação do memorial foi sancionada pela prefeitura
Durante as escavações em 2018 foram encontradas nove ossadas. Os arqueólogos localizaram dois esqueletos fragmentados e dois botões – um de metal e outro de osso.
“Os esqueletos não foram enterrados com pertences e um deles usava um colar com contas de vidro, o que indica o pertencimento a alguma religião de matriz africana. Assim, no mínimo, a descoberta comprova que o primeiro cemitério de São Paulo era destinado às populações marginalizadas socialmente”, explica ao G1 a arqueóloga Sônia Cunha, que coordena o trabalho.
O Projeto de Lei de criação do memorial aprovado pela Câmara é de autoria do vereador Reis (PT).
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