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As notificações na tela do smartphone não me deixam mentir: estamos viciados em tecnologia, ou melhor, em conexão. Esta prática nada saudável de estarmos o tempo todo na busca de produtividade e procurando algo para fazer, tem nome e endereço – economia da atenção. E segundo a jornalista espanhola Marta Peirano, que escreveu o polêmico livro ‘O inimigo conhece o sistema’, estamos mais infelizes e menos produtivos do que nunca, simplesmente porque estamos viciados.
O viés que Peirano dá à esta teoria não vem de estudos da psicologia, mas sim do sistema capitalista no qual estamos inseridos. Para ela, vivemos uma verdadeira ditadura tecnológica, promovida por grandes empresas que visam seu próprio lucro. O resultado é que estes gadgets inventados para facilitar nossas vidas, têm sequestrado nossos cérebros, vontade, horas de sono e até mesmo capacidade de amar. “O preço de qualquer coisa é a quantidade de vida que você oferece em troca”.
Também conhecida como capitalismo de vigilância, a economia da atenção tem este nome porque ganha dinheiro justamente chamando a nossa atenção. Deste modelo de negócios faz parte uma TV inteligente, smartphones e até mesmo a assinatura da Netflix. O objetivo destas empresas é fazer o público usar seus produtos o maior tempo possível, gerando assim mais dinheiro e, consequentemente, roubando aquilo que temos de mais precioso: o tempo.
Sendo assim, a Netflix não libera uma temporada completa de uma vez só porque ela é ‘boazinha’, mas sim porque o seu objetivo é nos fazer maratonar, passar o final de semana inteiro atrás da tela da televisão, refinando sua própria interface em um sistema de vigilância talvez ainda mais cruel do que o proposto por George Orwell, no livro ‘1984’.
O mesmo acontece com jogos, já que quanto maior a frequência, mais rápido você fica viciado, por causa do loop de dopamina. Segundo a jornalista, esta lógica de distração e vigilância está nos deixando viciados e a consequência deste vício é uma produtividade cada vez mais duvidosa, assim como o aumento de casos de depressão, listada pela OMS como a doença mental mais incapacitante do século.
Para ela, a cura está na própria conscientização. Pais devem interagir mais com seus filhos e limitar o uso de telas e nós devemos aprender a nos desligar do mundo virtual. O mundo não vai acabar porque nós não verificamos as redes sociais. Esta sensação de que estamos perdendo algo é conhecida como FoMO – “Fear of Missing Out”, na sigla em inglês, que parece complementar o pensamento da jornalista Marta Peirano, que vai ainda mais fundo quando diz que nós também somos culpados, já que por um certo lado estamos abrindo mão de um direito fundamental ao compactuarmos com este mecanismo de compartilhamento de dados. “Não somos viciados em tecnologia, somos viciados em dopamina porque certas tecnologias se infiltraram em suas plataformas”, completa.
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