Debate

Finlândia equipara licença de mães e pais: ‘Igualdade de gênero’

27 • 02 • 2020 às 19:10 Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

A fim de promover a igualdade de gênero, o bem-estar familiar e ainda oferecer subsídios para que os pais passem mais tempo com seus filhos, o novo governo finlandês anunciou planos para igualar as licenças-maternidade e paternidade. Segundo o novo plano as licenças remuneradas combinadas chegarão a 14 meses, equivalentes a 164 dias para cada.

Em declaração da ministra da saúde e relações sociais, Aino-Kaisa Pekonen, a ideia é concretizar uma “reforma radical dos benefícios familiares”, na direção e fortificar as relações parentais desde o início. Atualmente o sistema da Finlândia oferece 4.2 meses de licença para as mães, e 2.2 meses para o pai até a criança completar 2 anos. No novo projeto, cada um terá direito a 6.6 meses, e as mulheres grávidas terão direito a um mês adicional.

A ministra Aino-Kaisa Pekonen

Trata-se de uma tendência por todo continente europeu, recomendada pela União Europeia como política pública para os países membro, a fim justamente de propor igualdade de gêneros. Na vizinha Suécia a licença chega a 240 dias para mãe e o mesmo número para o pai.

A primeira-ministra finlandesa Sanna Marin

Na nova legislação finlandesa, pais ou mães solteiras poderão usar as duas cotas. Para Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia, o país ainda tem muito trabalho para alcançar igualdade de gênero, em uma cultura na qual os pais passam pouco tempo com seus filhos pequenos.

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