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Uma cena comoveu a internet no dia de hoje. Um vídeo viralizou no Twitter e no Facebook. Nas imagens, um grupo de amigos está jogando futebol, mas um objeto curioso está ao lado da trave do campo de society: um caixão. Um homem em frente ao gol chuta a bola no objeto e a bola vai para o fundo das redes. O gol do defunto é comemorado por todos os presentes.
Confira:
No Brasil, #Defuntofazgol Incrível. A. pic.twitter.com/ONuhoYf2Ay
— Afonso Borges (@afonsoborges) February 19, 2020
Se a cena parece divertida, em primeiros olhos, ela carrega por trás algo muito mais triste. O homem no caixão é Jardeson Rodrigues Martins, 21 anos. Ele foi assassinado pela Polícia Militar do Estado do Ceará, e, apesar das imagens felizes em seu velório, sua história é muito reveladora.
Jardeson foi mais um dos jovens periféricos do Brasil assassinados pela Polícia Militar
Jardeson estava andando na rua quando uma viatura da PM cearense começou a atirar em sua direção. Depois de correr, se abaixou no chão e quando se levantou, tomou um tiro na nuca, provando a frieza e crueldade dos PMs.
“Um policial já desceu do carro atirando. Meu filho saiu correndo e conseguiu ir para outra rua. Ficou abaixado, escondido. Quando pensou que a Polícia já tinha passado, se levantou. Foi quando um policial atirou na nuca dele. Me contaram que quando viram que tinham matado, trocaram de viatura e ainda levaram meu filho para a UPA do Pirambu. Só para dizer que tinham socorrido, mas ele já estava morto”, afirmou o pai de Jardeson, Gil, em entrevista ao Diário do Nordeste.
A polícia alegou que o jovem estava armado e fez disparos contra os oficiais. Imagens de redes sociais comprovam que a polícia atirou no homem quando ele estava de costas, conduta completamente repreensível pela corporação (em tese).
Jovem é morto a tiros por militares no bairro Padre Andrade https://t.co/5bRqMOykAN pic.twitter.com/h8eVN5BOhu
— Diário do Nordeste (@diarioonline) February 15, 2020
– Jóia do Vasco fala de genocídio negro e pede posicionamento de colegas: ‘Não posso me alienar’
Dados do Atlas da Violência de 2019 reiteram a posição cada vez mais ostensiva da Polícia Militar. Se os assassinatos no geral caíram cerca de 10% no país entre 2017 e 2018, a violência policial aumentou cerca de 17% no Brasil.
A Corregedoria da PM no Ceará afirmou que agiu em legítima defesa e como mostram os casos de violência policial no país, dificilmente haverá investigações ou punidos. É só olhar para o caso dos policiais militares responsáveis pela tragédia de Paraisópolis, que tiveram seus casos arquivados.
Após a morte do menino de apenas 21 anos, a comunidade onde ele foi morto, chamada de Padre Andrade, fez uma passeata contra a violência policial. A passeata culminaria no campo de Society onde a imagem do último gol de Jardeson foi marcado e homenageado.
Em Paraisópolis, nove pessoas foram mortas durante ação da polícia de São Paulo em um tradicional baile funk da região. O crime chocou o país, mas não foi suficiente para a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, que anunciou o arquivamento do Inquérito Policial Militar que apurou a conduta dos 31 PMs envolvidos na operação desastrosa na zona sul da cidade.
“Lamentável e inaceitável que a Corregedoria da PM tenha considerado a ação policial em Paraisópolis como lícita. Pode gerar uma verdadeira licença para matar, legitimando novas ações violentas e desastrosas de policiais em bailes que reúnem centenas e milhares de adolescentes nas periferias”, disse ao G1 Ariel de Castro Alves, advogado, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos) e também membro do Grupo Tortura Nunca Mais
– Jovem negro denuncia violência da Polícia Militar com ensaio fotográfico poderoso
O GURUFIM DE PÂNTICO
1) Foi pelo @afonsoborges que assisti ao vídeo do gol marcado por um defunto plantado na pequena área. Dentro do caixão. A cena inusitada comoveu, de início, por conter em 15 segundos todo o amor de um brasileiro e seus amigos pelo futebol. https://t.co/d3nZQzTTF0— Flávia Oliveira (@flaviaol) February 19, 2020
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