Sustentabilidade

Laboratório do IPT testa composição de diferentes tipos de glitter e este é o resultado

19 • 02 • 2020 às 05:42 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Nos últimos anos, muitos foliões buscaram trocar o glitter convencional pelo bioglitter. Acontece que nem todas as marcas que se dizem sustentáveis são realmente biodegradáveis, como prova um teste realizado pelo laboratório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O glitter convencional é composto em sua maioria por plásticos, como PVC e PET, recobertos por um material metalizado, além de outros aditivos. No caso do bioglitter, ele deve se decompor no meio ambiente em até 180 dias, para poder ser considerado como um polímero biodegradável segundo a norma internacional ISO 14855.

Para comparar estes diferentes tipos de composição, o Laboratório de Análises Químicas do IPT testou amostras de diferentes tipos de glitter. De acordo com os resultados, o convencional era composto por 53% de poliéster, um material que se acumula ao ser depositado no ambiente, visto que não é biodegradável.

Outro problema encontrado é o dos microplásticos, visto que pequenos fragmentos destes enfeites chegam aos rios e mares, entrando na cadeia alimentar sem que possam ser detectados, conforme esclarece a pesquisadora Débora Linhares, do IPT, ao Ciclo Vivo.

O laboratório testou também uma variedade de glitter alternativa, cuja composição era de 96% de mica (um tipo de mineral) e 4% de corante natural. Apesar de não conter plásticos em sua formulação, ele não pode ser considerado biodegradável, visto que a mica é um material inorgânico. Para que seja considerada biodegradável, uma substância precisa poder ser consumida por organismos vivos como fonte de carbono e energia; o que não se aplica neste caso.

Mesmo assim, esta fórmula alternativa é bem mais sustentável que os glitters convencionais. Como a mica faz parte da composição da areia, ela não apresenta potencial de causar problemas ambientais na quantidade em que costuma ser usada. Na dúvida, sempre é melhor fazer o seu próprio glitter e brilhar sem poluir o meio ambiente, não?

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