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Hoje referência mundial no tratamento da Aids, doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV, nos anos 1980 o Brasil viveu uma epidemia em que milhares de pessoas perdiam a vida por falta de acesso ao tratamento. Nesta mesma época, a Varig era a maior companhia aérea brasileira e foi responsável por criar uma incrível corrente do bem, na qual comissários de bordo passaram a contrabandear medicamentos importados para ajudar pacientes com Aids.
Hoje com 67 anos, Rogério (que preferiu não revelar seu verdadeiro nome), descobriu que tinha Aids em 1989, quando tinha um alto salário como comissário de bordo da companhia. Com voos internacionais todas as semanas, ele fez parte desta corrente que trazia as drogas para o país em voos da empresa.A epidemia também afetou a Varig, que fechou suas portas em 2006. No início dos anos 1990, foram mais de 45 funcionários que morreram da doença. “Muitos dos meus amigos estavam morrendo”, conta Rogério em entrevista à BBC.
Mario Augusto dos Santos Filho – ex-comissário da Varig que participava da corrente
Os comissários da companhia levavam receitas para o exterior – principalmente para os Estados Unidos, onde compravam ou conseguiam os remédios por meio de doações. Como eles tinham livre acesso pela alfândela, os comprimidos entravam livremente no Brasil e eram entregues na sede da companhia, no Rio. Diante da gravidade, funcionários do aeroporto também sabiam da importação, que por sinal era muito bem organizada. Segundo Mario Augusto dos Santos Filho – ex-chefe dos comissários de voos internacionais da Varig: “Havia até uma janelinha onde as pessoas pegavam as caixas. Era um sistema muito competente: em 48 horas o paciente conseguia o medicamento”.
O serviço voluntário e gratuito também era feito para pacientes com câncer e durou até pelo menos 1996, quando o Congresso aprovou a lei que garante o acesso universal ao tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde então, o Brasil possui política de distribuição gratuita de medicamentos, que revolucionou o tratamento e reduziu a velocidade de disseminação da epidemia. Segundo Drauzio Varella: “A criação do SUS foi a maior revolução da história da medicina brasileira; nenhum país no mundo com mais de 200 milhões de habitantes ousou dizer que a saúde é um direito de todos”.
Segundo dados da Unaids – a agência da ONU especializada na epidemia, na contramão do mundo o Brasil apresentou um aumento de 21% no número de novos casos de Aids em oito anos. O que explica esta nova epidemia, é o fato de que os jovens de hoje sabem que terão acesso a um tratamento que garante sua qualidade de vida, mas não justifica que os casos de Aids entre jovens do sexo masculino, com 15 a 19 anos, quase tenha triplicado nos últimos anos.
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Reportagem original: BBC
Foto 1: Roberto Furtado/Divulgação Boulevard Laçador
Foto 2: arquivo pessoal
Fotos 3 e 4: Getty Images
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