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Amada pela internet e musa do Carnaval de São Paulo com o Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta pelo oitavo ano consecutivo, Alessandra Negrini está sendo julgada online. A acusação é de apropriação cultural e desrespeito a cultura indígena e a ‘sentença‘ pode ser o cancelamento da atriz.
Sai ano, entra ano, a atriz é lembrada por sua beleza e energia positiva durante o Carnaval. Em 2020, ela puxou o tradicional cortejo carnavalesco paulistano vestida de índia – desde 2017, quando a artista e ativista indígena Katú Mirim lançou a hashtag #IndioNãoéFantasia, o assunto entrou em voga. Mas, dessa vez, muita gente achou que o histórico de Negrini deveria imunizá-la das problematizações.
Alessandra Negrini, ‘fantsiada’ de índia ao lado de Sônia Guajajara
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Quando a atriz apareceu na concentração do bloco, no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, estava acompanhada de índigenas e da líder indígena Sônia Guajajara. Contudo, a posição de Sônia não é a mesma que a de outros ativistas, que são contra atitudes como a de Negrini.
Na semana passada a própria Katú chegou a relembrar, em post no Facebook, que como índia, encara a opção pela fantasia como racismo, e não homenagem, assim como comunidades negras são contra fantasias de escravos, ‘nega maluca’ e outras fantasias racistas.
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Em fala recente ao site da Vice Brasil, ela voltou a afirmar que trata-se de uma prática racista.
Partindo da ideia de que a população nos conhece como ‘alegoria nacional’, acham que somos atrasados, selvagens, primitivos e que não sabemos falar português direito, por que não é racista? Não é okay pintar algo na cara, colocar cocar, falar ‘mim’, colocar uma fantasia de ‘índio’ enquanto nós indígenas somos invisibilizadas, assassinadas e estupradas. Para mim e muitas etnias, o cocar é símbolo de resistência. É sagrado, e não deve ser usado de qualquer maneira. Quando eu vejo a fantasia, a réplica barata de um cocar, eu só penso que esse racismo é aplaudido enquanto meu povo morre.
Na mesma reportagem, outros índios ativistas deram sua opinião sobre a questão. Para David Karai Popygua, “chega de hipocrisia e de dizer que é homenagem, sinceramente, há formas ótimas de nos homenagearem”.
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Já Yuninni Terena afirmou que esta é uma das maneiras de opressão vividas pelos povos originários, pois pegam elementos sagrados da cultura, enraizados com fortes significados, pinturas e grafismos com definições, pré determinados para rituais ou momentos específicos e usam como fantasia, adereços de beleza e simples acessórios para diversão.
Depois da aparição de Negrini, outros índios se manifestaram pelo Twitter e muitas pessoas reprovaram a atitude da atriz. Sobre a fantasia, Alessandra disse à Folha de São Paulo que se tratava de uma ousadia e uma homangem. “A luta indígena é de todas”. Aqui pra nós, não se trata de ‘cancelar’ ninguém, mas precisa se ‘fantsiar’ de índia para dizer que apoia a luta?
É de todos sim, problema é que branco não consegue apoiar nada sem querer se sobressair aos grupos marginalizados.
Bom senso é bom, use sem moderação. https://t.co/CIyYHKo1Zq
— Karibuxi ? (@karibuxi) February 16, 2020
Realmente a luta indígena é de tds nos, mas a sua ousadia reforça a ideia de fantasia que lutamos muito pra que não aconteça, não vejo homenagem em quem usa minhas pinturas sem entender o significado, sem o menor preparo, muito menos em quem não respeita o uso de um cocar+ https://t.co/TChI5yUa2x
— Alice Maciel? (@alice_pataxo) February 17, 2020
Essa parada que a Alessandra Negrini ta fantasiada de indio, mas que ela recebeu uma “autorização” de indígenas, então pode.
Vamos supor que um branco peça autorização para alguns negros pra usar a fantasia de “Nega Maluca”, estaria ok?
— Mussum Alive (@MussumAlive) February 16, 2020
Alessandra Negrini é ultra mega de esquerda, sempre foi me engajada, é uma das responsáveis pelo bloco mais engajado do Carnaval e tão pegando no pé porque usou um cocar.
A esquerda não aprende.
— Anderson Oliveira (@0mundodeandy) February 17, 2020
legal flor agora tenha a ousadia de ouvir pessoas indígenas que dizem que indígena não é fantasia https://t.co/QdkvJ3GehT
— OKINAWAN JESUS está de férias deste site (@shimabukkake) February 16, 2020
Agora eu quero ver vocês cancelarem a Alessandra Negrini pic.twitter.com/AfpthFGGV9
— Carol Prado (@pradocrl) February 16, 2020
A Alessandra Negrini tem um jeito de quem te dá oito facadas e você ainda volta com ela
— Leander (@WastewoodRocker) February 16, 2020
Alessandra Negrini chega no Baixo Augusta com Sonia Guajajara e outras lideranças importantíssimas do movimento indígena dando visibilidade à causa
mas o jovem do Twitter q nunca foi numa aldeia nem num protesto acha que pode cancelar a mulher só pq tem acesso à internet ?️? pic.twitter.com/vBcmoXQJsq
— João Ker (@JoaoKer) February 16, 2020
Ui, vamos cancelar a Alessandra Negrini.
Filho, tu não consegue nem cancelar o pacote do Telecine na Net. Se toca.
— Alexandre Alliatti (@Alliatti) February 17, 2020
Bom dia, mas só para quem não cancelou a Alessandra Negrini.
— thicico (@thicico) February 17, 2020
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